Milho se valorizou 44% em um ano e deve seguir com preços altos neste segundo semestre e começo de 2021

Publicado em 06/08/2020 12:13 e atualizado em 06/08/2020 16:10
Terra Investimentos considera que demanda interna e externa bastante aquecida e dólar valorizado ante ao real devem sustentar as cotações para os produtores brasileiros, que já estão bastante capitalizados.
Bianca Moura - Esp. em Grãos e operadora da Mesa Agro da Terra Investimentos

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Milho se valorizou 44% em um ano e deve seguir com preços altos neste segundo semestre e começo de 2021

 

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As cotações do milho no mercado físico brasileiro subiram 44% em um ano e 4% apenas durante o último mês de julho, em plena colheita da segunda safra nas principais regiões produtores do Brasil.

Segundo a especialista em grãos e operadora da Mesa Agro da Terra Investimentos, Bianca Moura, enfrentamos um cenário diferenciado neste ano, alinhando um atraso na colheita com relação a 2019, uma demanda muito grande dentro e fora do país e o dólar valorizado ante ao real, que já registrou elevação de 30% em 2020.

A analista aponta que, a segunda safra brasileira deve produzir 75 milhões de toneladas de milho. Desde montante, 35 milhões serão destinados à exportação, que deve apresentar números melhores nos próximos meses.

Os 40 milhões de toneladas restantes, devem ser consumidas internamente, 6 milhões de toneladas por mês, disponibilizando assim, um estoque de passagem de apenas 4 milhões de toneladas para 2021.

Diante deste cenário positivo, o produtor brasileiro já negociou 70% desta produção aproveitando as altas e agora, capitalizado, segura o restante da safra esperando novas valorizações.

Na Bolsa Brasileira (B3) o milho também segue sustentado. O contrato setembro/20, por exemplo, já subiu 48% em um ano e 13% somente no último mês de julho. As negociações na B3 também estão aquecidas com cerca de 30 mil contratos em aberto neste momento.

Moura alerta que o único fator capaz de alterar este cenário positivo para os preços do milho no Brasil seria uma queda forte do dólar ante ao real, mas que não existe nada que aponte tal desvalorização neste momento.

Confira a íntegra da entrevista com a especialista em grãos e operadora da Mesa Agro da Terra Investimentos no vídeo.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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