Preço do milho segue em alta e indicações para safrinha 25 são melhores do mesmo período de 24

Publicado em 17/01/2025 16:37
Regiões produtoras pagam R$ 10,00 a mais por saca do que a um ano e produtor pode apostar mais no milho 2ª safra
Enilson Nogueira - Analista da Céleres Consultoria
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Preço do milho segue em alta e indicações para safrinha 25 são melhores do mesmo período de 24

Após uma primeira semana de 2025 com os preços do milho se movimentando de lado no mercado brasileiro, as cotações do cereal ganharam força e passaram a subir no Brasil. 

O Analista da Céleres Consultoria, Enilson Nogueira, aponta que a desvalorização do real ante ao dólar é um dos principais fatores de sustentação dessas cotações. Outro ponto que vem atuando no mercado desde 2024 é a forte demanda para o mercado interno, tanto do setor de etanol quanto de proteínas animais. 

Inclusive o cenário de comercialização para a segunda safra de 2025 está bastante positivo neste momento. Nogueira destaca que as indicações giram entre R$ 45,00 e R$ 48,00 por saca nas principais regiões produtoras, o que representa R$ 10,00/sc acima do que este mesmo período de 2024 apresentava para a segunda safra do ano passado. 

Este quadro deve estimular os produtores a apostarem no milho, levando a aumento de área cultivada e, possivelmente, mais oferta do cereal entrando no mercado no segundo semestre de 2025. 

Sendo assim, o analista aconselha que o produtor olhe com atenção para o mercado e aproveite esses patamares para comercializar parte da sua produção. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira 

O vencimento março/25 foi cotado à R$ 76,70 com alta de 0,68%, o maio/25 valeu R$ 75,39 com elevação de 0,40%, o julho/25 foi negociado por R$ 71,95 com queda de 0,21% e o setembro/25 teve valor de R$ 71,86 com perda de 0,22%. 

No acumulado semanal, os contratos do cereal brasileiro registraram ganhos de 0,82% para o janeiro/25, de 0,57% para o julho/25 e de 0,53% para o setembro/25, além de baixas de 1,6% para o março/25 e de 0,01% par ao maio/25. 

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve mais quedas do que altas neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorização somente em Sorriso/MT e São Gabriel do Oeste/MS. Já as desvalorizações apareceram em Não-Me-Toque/RS, Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT e Itiquira/MT. 

Mercado Externo 

Os preços internacionais do milho futuro também encerraram as atividades desta sexta-feira contabilizando movimentações positivas e emendando mais uma semana de valorizações na Bolsa de Chicago (CBOT). 

De acordo com a análise da SAFRAS & Mercado, a Bolsa de Chicago registrou uma boa elevação nas cotações frente à semana passada, após o surpreendente relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que cortou os números da safra e dos estoques de passagem do país e do mundo na temporada 2024/25. 

“Também pesa para os preços mais altos em Chicago as preocupações com a falta de chuvas na Argentina que pode comprometer a safra de milho do país. O radar do mercado também está voltado para o Brasil, com a seca atingindo algumas regiões e os volumes expressivos de precipitações sendo registrados na faixa central e norte do país”, apontam os analistas da SAFRAS. 

O vencimento março/25 foi cotado à US$ 4,84 com elevação de 9,75 pontos, o maio/25 valeu US$ 4,93 com valorização de 10 pontos, o julho/25 foi negociado por US$ 4,94 com ganho de 8,25 pontos e o setembro/25 teve valor de US$ 4,58 com alta de 3,75 pontos. 

Esses índices representam ganhos, com relação ao fechamento da última quinta-feira, de 2,05% para o marçoq25, de 2,07% para o maio/25, de 1,7% para o julho/25 e de 0,82% para o setembro/25. 

No acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano registraram valorizações de 2,92% para o março/25, de 2,82% para o maio/25, de 2,54% para o julho/25 e de 2,23% para o setembro/25, com relação ao fechamento da última sexta-feira (10). 

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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