Apesar do anúncio do Plano Safra na última semana, recursos ainda não estão disponíveis para os produtores rurais. Atenção ao dólar

Publicado em 09/06/2015 10:08
Apesar do anúncio do Plano Safra na última semana, recursos ainda não estão disponíveis para os produtores rurais e planejamento da próxima safra continua comprometido. Setor está atento, principalmente, à variação do dólar que impacta na formação dos preços e em maiores custos de produção.

Mesmo após o anúncio do Plano Agrícola e Pecuário, na última semana, os produtores estão relatando que não conseguem ter acesso aos recursos que deveriam estar disponíveis. O mesmo aconteceu no inicio deste ano, quando foram anunciados 9 bilhões para atividades de pré-custeio, mas além de juros a 9,5% a maior dificuldade aconteceu no momento da liberação do crédito.

"Apesar de anunciado, os bancos não possuem as diretrizes, normas e também não receberam o comunicado ainda, que deve ser publicado no diário oficial da união", afirma o produtor rural Frederico D'Ávila.

Os atrasos na divulgação e liberação das linhas de crédito prejudica o planejamento dos produtores, que já deveria estar adquirindo insumos para a safra de verão. Além disso, a atual conjuntura econômica do país agrava ainda mais a necessidade dos produtores em adquirir o crédito para garantir melhor oportunidades de negociação, haja vista que os custos de produção estão elevados em todas as regiões do país.

Segundo ele, somente a partir do mês de julho os recursos do Plano Safra 2015/16 serão disponibilizados pelo agente financeiro. "Todo aquele recursos que anunciaram, não é de se admirar, que saia apenas 20% ou 30%. Então, eles já mentiram para o agricultor no começo do ano, não é de se espantar que minta pela segunda vez", declara o produtor.

 

Preços

Para D'Avila, os atuais níveis de preço para a safra nova - cerca de R$ 71,00 a R$ 73,00 nos portos - ainda são remuneradores mesmo com o aumento significativo dos custos de produção. A preocupação no momento é quanto à variação do dólar, que se permanecer nesses níveis de preço, pode compensar eventuais quedas na Bolsa de Chicago.

Por: Carla Mendes e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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