Milho: Custos de produção estão mais altos devido ao aparecimento da lagarta do cartucho nas lavouras em Tapurah (MT)

Publicado em 09/04/2015 10:59
Milho: Custos de produção estão mais altos devido ao aparecimento da lagarta do cartucho nas lavouras em Tapurah (MT). Em média, produtores já realizaram 3 aplicações para conter a praga. Contratos para a safrinha atingiram R$ 16,00 a saca, valor acima do observado no mesmo período do ano passado, de R$ 10,00/sc. Na soja, clima e mosca branca afetaram o rendimento das plantas. Produtividade média ficou ao redor de 50 scs/ha.

O ataque da lagarta do cartucho nas lavouras de milho safrinha já tem sido uma preocupação dos produtores rurais brasileiros. Na região de Tapurah (MT), os custos de produção da segunda safra estão mais altos devido ao aumento no número das aplicações para o controle da praga.

Além disso, cerca de 25% a 30% da produção foi cultivada fora da janela ideal, em função do atraso registrado na cultura da soja. Apesar das apreensões, as lavouras se desenvolvem bem e as chuvas têm sido regulares até o momento, conforme destaca o presidente do Sindicato Rural do município, Silvésio de Oliveira.

“Por enquanto, as precipitações têm aparecido e a expectativa é de uma boa produção. Já os custos estão mais altos nessa safra, além da praga, temos a valorização do câmbio que já impactou a produção da safrinha, assim como, o aumento no diesel. Por outro lado, os contratos atingiram R$ 16,00 a saca do milho. Não é um bom valor, já que deixa uma margem muito ajustada aos agricultores. Porém, é melhor do que o preço do ano passado, ao redor de R$ 10,00 a saca”, explica Oliveira.

Soja

Na localidade, a produtividade média das lavouras da oleaginosa ficou próxima de 50 sacas de soja por hectare. Número abaixo do registrado nos últimos anos, entre 53 sacas a 54 sacas de soja por hectare. A queda é decorrente do clima bastante irregular, desde o início da semeadura, e do aparecimento de mosca branca.

Já os preços estão ao redor de R$ 50,00 a saca da soja na localidade. “Isso gera uma preocupação e uma apreensão muito grande e, também afeta o planejamento da próxima safra. Vários produtores estão tentando reduzir os custos da próxima temporada, mas quando olhamos os custos e as perspectivas de preços, não vemos rentabilidade”, completa o presidente do sindicato. 

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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