Na região de Santa Rosa Del Monday (PY), produtores iniciam a colheita da safrinha de soja

Publicado em 17/04/2015 11:13
Na região de Santa Rosa Del Monday (PY), produtores iniciam a colheita da safrinha de soja. Apesar dos problemas com clima, rendimento médio deve ficar próximo de 3 mil quilos por hectare. Negócios são feitos ao redor de US$ 290 a US$ 310 a tonelada. No milho, a área cultivada foi mantida, já os preços para a safrinha estão parados. Milho da safra passada é cotado a US$ 120 a tonelada.

Em Santa Rosa Del Monday, no Paraguai, os produtores rurais já iniciaram a colheita da safrinha de soja. E, apesar dos problemas pontuais em relação ao clima, algumas microrregiões ficaram até 40 dias sem chuvas, a perspectiva é de uma boa produtividade na segunda safra. O rendimento médio das lavouras da oleaginosa está estimado entre 2.800 a 3.000 mil quilos por hectare.

O produtor rural da região, Márcio Mattei, explica que na safra de verão, a produtividade das primeiras áreas ficou entre 1.000 a 1.200 mil quilos por hectare. “Nesta safra, acredito que iremos conseguir alcançar essa produtividade mais alta. Até porque, precisamos de mais grãos para cobrir os custos de produção”, destaca.

Em relação às pragas, o produtor ainda sinaliza que o aparecimento das lagartas preocupou os agricultores, assim como na primeira safra. “Porém, aqui temos a liberação do benzoato, o que nos ajudou a fazer o controle. Já a ferrugem asiática, nós conseguimos controlar a doença. Já os percevejos não deram trégua, situação que afetou os custos de produção”, afirma.

Paralelamente, os preços da tonelada da soja giram ao redor de US$ 290 a US$ 310 e os produtores estão avançando com a negociação da oleaginosa. “Mesmo com um leve recuo nas cotações, os produtores acabam vendendo o produto. Temos muita insegurança com o mercado, já que os produtores norte-americanos poderão colher uma super safra e ninguém quer correr o risco”, acredita Mattei.

Milho

Na safrinha, a área do milho foi mantida na região de Santa Rosa Del Monday. E o período um pouco mais seco deverá impactar no rendimento das plantações. “Com isso, os produtores poderão não conseguir cobrir os custos de produção. E ninguém fala de preços para a safrinha, temos alguns negócios, ao redor de US$ 120 a tonelada, da safra passada. Além disso, as indústrias ainda têm estoques da safra anterior”, relata.

Trigo

Após a colheita da soja, os agricultores deverão investir na cultura do trigo e, assim como no Brasil, o cenário também é de incerteza. “Dependemos do mercado brasileiro, mas com o dólar mais alto acaba comprometendo a competitividade do produto e no mercado local, há empresas com trigo da safra anterior”, ressalta Mattei.

Com isso, a perspectiva é que haja uma redução na área destinada ao trigo na região, também em função dos altos custos de produção. Em decorrência desse cenário, a aveia deverá ganhar espaço do cereal. “O agricultor não irá investir muito, não esperamos ganhar dinheiro com a produção do trigo nesta temporada”, finaliza o produtor.

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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