Em Campo Novo do Parecis (MT), produtores aguardam consolidação das chuvas para o plantio da soja

Publicado em 26/09/2016 11:26
Apenas 10% dos agricultores iniciaram o cultivo da oleaginosa na região. Previsões climáticas indicam chuvas no início de outubro. Diante da baixa disponibilidade de sementes, custos mais altos e dificuldades na aquisição de crédito produtores não irão arriscar. Negócios antecipados estão mais lentos nesta temporada.

Em Campo Novo do Parecis (MT) os produtores estão aguardando chuvas regulares para iniciar o plantio de safra 2016/17 de soja. Nas primeiras precipitações de setembro somente 10% dos produtores iniciaram a semeadura no município.

A preocupação, segundo a presidente do sindicato rural, Giovana Velke, é com a consolidação das chuvas, já que as previsões só indicam volumes regulares na primeira quinzena de outubro.

Além da possibilidade de redução na produtividade, os produtores estão atentos ao clima "porque neste ano também não há sementes a disposição caso necessite o replantio", afirma Velke.

O vigor das sementes é um dos responsáveis pelo bom desempenho das plantas. E a seca que prejudicou a produção de soja e milho no ano passado, também afetou o cultivo das sementes para a temporada 2016/17.

Segundo a presidente, "a orientação é para que os produtores armazenem a semente recebida corretamente e não plantem fora do prazo ou sem previsão de chuva".

Diante da baixa disponibilidade de sementes, custos mais altos e dificuldades na aquisição de crédito, grande parcela dos produtores preferem não arriscar.

Conforme explica Velke, especialmente os agricultores que necessitaram renegociar suas dívidas tiveram problemas na aquisição de novos financialmente. Além disso explica, que as instituições financeiras aumentaram as exigências, chegando a solicitar, em muitos casos, garantia reais de primeiro grau.

E mais uma vez preocupados com a possibilidade de redução no rendimento, o volume de negócios contratos futuros caiu neste ano. A "comercialização antecipada ocorreu somente para adquirir o necessário, especialmente porque no ano passado, os valores de contrato futuro estavam muito abaixo do preço do dia."

Assim, a perspectiva é de que o valor de comercialização na comercialização seja superior às ofertas de contratos futuros.

Por: Fernanda Custódio e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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