Soja em Chicago tem mais um dia de leve alta. Chegada de julho e clima nos EUA são pontos positivos para elevação dos preços

Publicado em 27/06/2017 17:29
Relatórios de estoques trimestrais e plantio nos EUA. que serão divulgados nesta semana, podem trazer números baixistas para as cotações
Confira a entrevista com Camilo Motter - Granoeste Corretora de Cereais

O mercado da soja encerra a terça-feira (27) com altas de 4 a 5 pontos nos principais vencimentos na Bolsa de Chicago (CBOT), tentando se recuperar das quedas na semana passada.

Camilo Motter, analista de mercado da Granoeste Corretora de Cereais, destaca que há um sinal de que o mercado viu a baixa da semana passada como um limite. A pequena alta que ocorreu nos pregões de ontem e de hoje são correções a este movimento.

Agora, é visto um reposicionamento do mercado frente a fatos que devem ocorrer nos próximos dias, como os boletins climáticos, que se tornam mais importantes no mês de julho, na fase mais crítica da floração e também em agosto, na fase de formação do grão.

Na próxima sexta-feira, haverão dois importantes relatórios referentes aos Estados Unidos, que trarão a situação dos estoques e também do plantio, a partir do qual poderá ser possível conhecer efetivamente o número de área plantada pelos produtores. Espera-se que a área de soja deva superar a área de milho, o que ocorreu apenas em 1983.

Havendo uma combinação de fatores climáticos que possam atrapalhar a safra norte-americana, os prêmios climáticos poderiam entrar em jogo. No milho, embora os estoques sejam maiores, a área dos Estados Unidos deve ficar bem abaixo e o cereal, por sua vez, mais suscetível.

Motter lembra que não existe mais nenhum relatório em relação de plantio a ser divulgado, embora possam haver ajustes eventuais na oferta e na demanda.

A questão da oferta futura será o grande fator que irá direcionar o mercado neste momento. Ou seja: o mercado climático é visto em primeiro lugar. Apenas em um segundo momento, os estoques serão observados.

A China, por sua vez, permanece ativa com índices de importação superiores ao ano passado. Havia um temor de que, com a redução da atividade por lá, houvesse uma redução da demanda. Contudo, este fator não ocorreu.

No mercado interno, houve uma evolução de R$0,50 a R$1,00 em relação à semana passada. Os produtores que possuem necessidade de caixa estão realizando negócios, enquanto aqueles que estão mais seguros aguardam as cotações para os próximos dias.

Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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