Confirmação de chuvas no Brasil e expectativa de um relatório com bom andamento da colheita nos EUA fazem soja despencar

Publicado em 02/10/2017 12:09
Demanda forte segue como fundamento importante para os preços e tem ajudado o mercado da soja a se sustentar acima dos US$9,00/bushel
Confira a entrevista com Miguel Biegai - Analista da OTCex Group

A segunda-feira (2) começou com quedas expressivas para o mercado da soja na Bolsa de Chicago (CBOT), com quedas de dois dígitos nos principais vencimentos.

Miguel Biegai, analista de mercado da OTCex Group, destaca que o forte avanço da colheita nos Estados Unidos, que está próxima dos 30%, e a confirmação de boas produtividades são alguns dos principais fatores que influenciam a queda nesta manhã.

Um outro fator importante são as chuvas no Brasil, embora alguns estados como o Mato Grosso estejam recebendo volumes manchados. Esta questão ameniza o quadro grave de baixos níveis de umidade no solo, que impediam o plantio.

De acordo com o gráfico para novembro/17 demonstrado por Biegai, as médias móveis podem se cruzar caso amanhã seja mais um dia de queda. Isso significaria uma tendência de queda na CBOT.

A demanda forte neste momento está segurando parte do mercado. Se não fosse essa demanda agressiva, "a gente já estaria em US$8,50/bushel", como observa Biegai. Se a safra norte-americana também não fosse de 120 milhões de toneladas, o mercado estaria próximo dos US$10,50/bushel.

Nos próximos dois a três meses, ainda há possibilidades de algumas mudanças no mercado em função do clima na América do Sul e do desenvolvimento das lavouras.

Biegai, que está rodando o Brasil neste momento, destaca que muitos produtores se arrependem por não ter aproveitado preços anteriores no mercado. Ele, contudo, destaca que as operações de call são uma maneira eficiente para se proteger deste problema, vendendo a soja física e participando da alta na bolsa.

Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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