Chuvas na Argentina e baixa demanda pela soja nos EUA seguem pressionando cotações em Chicago
Nesta quinta-feira (11), o mercado da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) apresentou, mais uma vez, queda nas cotações dos principais vencimentos. Para o analista de mercado Eduardo Vanin, o fato de que o La Niña não vem se apresentando tão forte e de que a Argentina tem recebido alguma chuva são algumas das principais influências para a baixa nas cotações, que vinham sustentadas pelo clima no país sul-americano.
A Bolsa de Rosario, contudo, recortou a produção de soja argentina para 52 milhões de toneladas. A Bolsa de Buenos Aires, por sua vez, reduziu a área em 0,5%. Mas Vanin aponta que estes fatores devem ser compensados pela safra brasileira, já que as primeiras colheitas no Mato Grosso já mostram produtividade elevada.
Amanhã (12) será divulgado o novo relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), bem como o relatório de estoques trimestrais. Estes relatórios também fazem parte das expectativas do mercado por serem responsáveis por trazer números bastante importantes, além do resultado de um fato: o Brasil vem tomando o lugar de exportações que, tradicionalmente, eram feitas pelos Estados Unidos, em cerca de 7 milhões de toneladas.
A China não está reduzindo a demanda, mas as negociações entre o país asiático e os norte-americanos estão enfraquecidas. Há, ainda, sinais de que a qualidade da soja dos Estados Unidos não está dentro do esperado.
O analista aposta, assim, que essa disputa comercial entre os principais produtores de soja do mundo deve ser um enfoque daqui em diante.