Em Sete Quedas (MS), produção de soja já tem quebra de 30% devido ao excesso de umidade

Publicado em 17/01/2018 11:00
Lavouras apresentam perdas de vagens e os produtores não conseguem realizar as aplicações. Já foi decretada situação de emergência no município. Previsões ainda indicam chuvas nos próximos dias. Estradas também foram danificadas pelo excesso de umidade. Clima ainda pode impactar a safrinha de milho na região.
Confira a entrevista com Paulo Maria Pereira - Presidente do Sindicato Rural de Sete Quedas

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Paulo Maria Pereira - Presidente do Sindicato Rural de Sete Quedas

 

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Diante do excesso de chuvas, a produção de soja da safra 2017/18 já registra quebra de 30% na região de Sete Quedas (MS). As plantas estão perdendo vagens e os produtores não conseguem realizar as aplicações nas lavouras, o que aumenta a preocupação com as doenças e pragas. Inclusive, na região foi decretada situação de emergência.

Além das perdas, o presidente do Sindicato Rural do município, Paulo Maria Pereira, destaca que o cenário pode impactar na colheita. A expectativa é iniciar os trabalhos nos campos nos próximos 15 a 20 dias. Até o momento, as previsões climáticas ainda indicam precipitações nos próximos dias para a localidade.

"Com isso, a produtividade média alcançada na última safra, de 60 sacas de soja por hectare, não será atingida. E com a dificuldade nas aplicações, há uma elevação nos custos de produção e com os preços atuais, a rentabilidade dessa safra é uma apreensão", reforça a liderança sindical.

Ferrugem Asiática

Em meio ao clima úmido e a dificuldade nas aplicações, os produtores estão preocupados, principalmente com a ferrugem asiática. De acordo com informações do Consórcio Antiferrugem, o estado de Mato Grosso do Sul já conta com 24 focos da doença.

Logística

As chuvas também afetaram as estradas da região, o que pode comprometer o escoamento da safra. "O município está tentando viabilizar um estado de emergência para deixar as estradas transitáveis", explica Pereira.

Safrinha de milho

Ainda conforme ressalta o presidente do sindicato, a safrinha irá depender do comportamento do clima no momento da colheita da soja. Na região, os produtores têm até a primeira semana de março para finalizar a semeadura do milho safrinha.

"Se houver o atraso na colheita da soja, a safrinha irá ficar comprometida. Podemos até ter uma redução na área plantada com o cereal, com os agricultores investindo em plantas de cobertura", acredita Pereira. 

Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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