Boas exportações americanas, acordo entre China e EUA próximo e demanda forte no Brasil impulsionam soja em Chicago

Publicado em 14/05/2018 17:33
No Brasil, apesar da alta em Chicago e elevação do dólar, comercialização da soja evoluiu pouco nesta segunda-feira(14)
Vlamir Brandalizze - Analista de Mercado

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Fechamento de Mercado da Soja

 

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Nesta segunda-feira (14), a soja teve um dia positivo na Bolsa de Chicago (CBOT), com ganhos de dois dígitos nos principais vencimentos. De acordo com Vlamir Brandalizze, analista de mercado da Brandalizze Consulting, alguns fatores, como o grande volume de exportações brasileiras e a semana que deverá ter uma nova rodada de negociações entre chineses e norte-americanos, são as principais influências para este momento.

Brandalizze destaca que "Chicago corrigiu as questões que tinham feito o mercado recuar muito na semana passada" e que as cotações voltam a buscar a base dos U$10,20/bushel. Há um otimismo em relação à demanda que pode fazer com que as cotações busquem até US$10,40/bushel na semana - a menos que as condições climáticas nos Estados Unidos se mostrem muito boas nos próximos dias.

A Argentina está indo para a reta final da colheita com as perdas confirmadas e, no Brasil, mais de 75% da safra já está comercializada. A oferta mundial, assim, começa a diminuir, dificultando que o mercado trabalhe em baixa.

Quanto ao dólar, Brandalizze avalia que o Banco Central terá de atuar para segurar a especulação da moeda norte-americana em solo nacional para evitar que esse fator reflita na economia brasileira, descontrolando a inflação.

Os produtores, contudo, possuem um bom cenário de relação de troca para a próxima safra, com diversas oportunidades aparecendo para os insumos, de forma que a soja disponível pode ser utilizada como ativo financeiro.

Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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