Com a comercialização de grãos travada, navios que levariam 14 dias para carregar estão gastando quase 40 dias

Publicado em 20/06/2018 17:28
Com impasse das tarifações de produtos entre EUA e China, Brasil poderia aproveitar melhor as oportunidades, principalmente para negociar safra nova de soja. No entanto, tabelamento dos fretes trava mercado
Ênio Fernandes - Consultor em Agronegócio

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Entrevista com Ênio Fernandes - Consultor em Agronegócio sobre o Fechamento de Mercado da Soja

 

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Nesta quarta-feira (20), o mercado da soja "parou para um respiro" após um movimento brusco na sessão de ontem em decorrência das ameaças que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez de retaliação ao mercado chinês.

Ênio Fernandes, consultor em agronegócio, comenta que os fundos de investimento, anteriormente, estavam comprados e, a cada ameaça de Trump, eles foram cedendo e desmontando suas posições. Com a afirmação no dia 6, esse desmonte ocorreu por completo.

Contudo, a taxação aqinda não ocorreu de fato e quem comprou a soja não pagou pelo imposto. Há uma expectativa de que, mais próximo da data, possa haver um recuo de ambas as partes, embora o mercado financeiro não aposte nisso no momento, fazendo com que Chicago ceda.

No Brasil, as oportunidades poderiam estar sendo construídas, mas devido à situação do frete, a comercialização está quase travada no país.

Se o país demorar um pouco mais nessa situação, as entregas poderão ser adiadas e, dessa forma, concentrar diversos fluxos em um só momento.

Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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