Vazio de oferta pode motivar alta da soja em Chicago em novembro, com fim do grão no Brasil e retração vendedora nos EUA

Publicado em 23/10/2018 17:24
Além disso, preços em reais podem melhorar com China focando compras da safra nova no Brasil que pode chegar ao mercado mais cedo em função da antecipação do plantio
Vlamir Brandalizze - Analista de Mercado da Brandalizze Consulting

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Entrevista com Vlamir Brandalizze - Analista de Mercado da Brandalizze Consulting sobre o Fechamento de Mercado da Soja

 

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Com uma semana aparentemente "calma" na Bolsa de Chicago (CBOT), o analista de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, destaca que as condições de colheita de soja melhoram nos Estados Unidos.

Este fator, assim, teria segurado o mercado no dia de ontem e hoje (23). A menos que haja alguma novidade, a CBOT deve caminhar por essa linha nas próximas semanas. 53% do total está colhido até o momento. As geadas que ocorrem pela manhã não causam problema, uma vez que as lavouras estão prontas.

O Brasil, por sua vez, está em sua fase principal de plantio. O Paraguai já deve fechar sua safra e, dentro de três semanas, o plantio também terá início na Argentina. Esses fatores limitam tentativas de alta no curto prazo, mas isso não quer dizer que serão fatores que irão pressionar o mercado para baixo.

As exportações brasileiras seguem em bom ritmo, com previsão de continuar embarcando. Em breve, o Brasil deve estar "enxuto de oferta".

Contudo, a safra nova ainda está distante da realidade, tanto no prêmio quanto no dólar, que irá ganhar melhor direcionamento após a decisão da corrida presidencial.

 

Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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