Campos de Júlio/MT já registra 10% da soja colhida e produtividade deve ficar próxima das 60 sacas

Publicado em 08/01/2019 10:05
Produtores da cidade iniciam colheita registrando 60 sacas por hectare nas primeiras lavouras finalizadas. Com mercado travado na região, quem antecipou as vendas e travou os custos deve ter lucro, mas quem deixou para a última hora enfrenta dificuldades com o preço girando em torno de R$ 60,00 a saca.
Tiago Daniel Comiran - Produtor Rural de Campos de Júlio - MT

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Entrevista com Tiago Daniel Comiran - Produtor Rural de Campos de Júlio - MT sobre o Acompanhamento de Safra da Soja

 

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De maneira antecipada, a colheita de soja na região de Campos de Júlio no Mato Grosso começou no dia 26 de dezembro e já registra índice de 10% da área colhida, com a expectativas dos produtores de chegar até em 40% ainda na semana que vem. Após enfrentar o mês de novembro muito nublado e com muita chuva, a qualidade das lavouras está muito variada e os produtores registram produtividades entre 50 e 65 sacas por hectare.

“A maioria das lavouras está chegando no final de ciclo e estamos produtividade, mas ainda não sabemos estimar se isso será 5%, 20% ou até não ter perda nenhuma. Na safra passada se trabalhou em torno de 54 sacas por hectare e a gente ouve relatos de produtores que se tem médias de 60 sacas até o momento”, conta Tiago Daniel Comiran, produtor rural de Campos de Júlio/MT.

Com o mercado estagnado na região e os preços disponíveis para soja girando em torno de R$ 60,00 a saca, os produtores que não conseguiram antecipar as vendas da safra devem sofrer para fechar a conta dos custos de produção.

“O produtor que conseguiu travar seus custos fazendo antecipação de contratos lá em maio ou junho, em que a soja chegou a R$ 75,00, está segurado seus custos de produção e ainda tendo lucro. O produtor que chegou agora nesse momento para vender a sua safra e não travou os custos está levando prejuízo em cima da sua produção porque quando compramos os insumos pagamos o dólar de R$ 4,00 e hoje o dólar caiu e a soja também recuou”, comenta Comiran.

Confira a entrevista completa no vídeo.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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