Com colheita da soja ainda no início, Minas Gerais registra queda na produtividade entre 15 e 20%

Publicado em 01/02/2019 09:54
Falta de chuvas entre dezembro e janeiro e calor intenso no estado deixa expectativa na casa das 50/55 sacas por hectare. Esperança do produtores é que sojas mais tardias ajudem à média a subir.
Rodrigo Otávio de Araújo Herval - Presidente da Comissão de Grãos da Faemg

Podcast

Entrevista com Rodrigo Otávio de Araújo Herval - Pres. Comis. Grãos da Faemg sobre o Acompanhamento de Safra da Soja

 

Download

O ciclo da soja em Minas Gerais começou promissor com boas chuvas em novembro, porém o mês de dezembro e o início de janeiro trouxeram até 20 dias seguidos sem chuvas, o que prejudicou o melhor desenvolvimento dos grãos. Com os trabalhos de colheita ainda no início, o estado vem registrando médias de produtividade a baixo do esperado.

“Estamos com uma safra tensa e rezando para tudo dar certo no final. Temos notícias de soja que teria um grande potencial que, ainda que não seja uma quebra, é uma colheita fraca em relação a possibilidade que ela tinha. Em virtude dos veranicos e do calor que está muito excessivo nós podemos estimar entre 15 e 20% de perdas produtivas”, afirma Rodrigo Otávio de Araújo Herval, presidente da comissão de grãos da FAEMG (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais).

Com essa queda na produtividade esperada, que era de 55/57 sacas por hectare, e os preços de venda da soja não remunerando conforme o esperado o ideal para o produtor é fazer as contas para verificar qual o valor permite fechar a conta e procurar as melhores opções de venda. “Temos que acreditar, sempre fazer contas, procurar o melhor preço e não ficar fechado sempre no mesmo comprador. Tem que procurar sempre a melhor proposta e fazer as suas contas, não dá para ficar esperando grandes preços para pagar a conta que as vezes já está paga”, comenta Herval.

Confira a entrevista completa no vídeo.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Soja termina com preços estáveis no mercado brasileiro, com pressão de Chicago, mas suporte do dólar
USDA informa mais uma venda de soja para a China nesta 6ª feira (19) em dia de novo leilão
Chinesa Sinograin vende um terço da soja ofertada em leilão, diz Mysteel
Soja segue lateralizada em Chicago nesta 6ª feira, ainda reagindo a cenários já conhecidos
Apesar de novas baixas em Chicago, preços da soja se mantêm no Brasil com dólar ainda alto
Soja: Preços cedem em Chicago, com falta de novidades e pressionada pelo óleo nesta 5ª feira