Mesmo com relatório positivo, soja é contaminada pelos números surpreendentes do milho e cotações encerram no vermelho

Publicado em 12/08/2019 17:20
Milho em Chicago encerra com limite de baixa e soja perde 12 pontos em média.
Ginaldo de Sousa - Diretor Geral do Grupo Labhoro

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Entrevista com Ginaldo de Sousa - Diretor Geral do Grupo Labhoro sobre o Fechamento de Mercado da Soja

 

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No fechamento de mercado desta segunda-feira (12), o mercado de grãos foi contaminado por altas quedas devido aos números divulgados pelo USDA. O milho teve queda de 25 pontos, atingindo seu preço de suporte, com setembro 2019 sendo negociado a 385,25 (US$ 3,85 / bushel). Contratos mais pra frente também estão na mínima, principalmente por causa do relatório do USDA divulgado hoje, que trouxe números que deixaram o mercado em colapso. Trigo e soja foram contaminados pela pressão e fecharam no negativo.

Para a atual safra de milho, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos surpreendeu e trouxe um aumento na produção norte-americana do cereal para 353,1 milhões de toneladas, enquanto o mercado esperava uma redução expressiva para 335,12 milhões de toneladas. A produtividade foi revisada para cima e ficou em 177,31 sacas por hectare, contra a expectativa média de 172,49 sacas. 

Acompanhe:  

>> USDA surpreeende e aumenta produção e produtividade do milho dos EUA; Chicago despenca

>> Mercado de grãos entra em colapso em Chicago após números surpreendentes do USDA

>> Milho: USDA amplia produtividade dos EUA e cotações despencam em Chicago nesta 2ªfeira

Para a soja, os números foram reduzidos. A produção norte-americana caiu de 104,64 para 100,15 milhões de toneladas, enquanto a produtividade foi mantida em 54,35 por hectare. As áreas plantada e colhida foram também reduzidas e ficaram em, respectivamente, 31,04 e 30,72 milhões de hectares. Há um mês, o boletim mostrava 32,38 e 32,09 milhões. 

  1. No entanto, o dia não foi negativo para os preços da soja no Brasil como no mercado futuro norte-americano. A alta de mais de 1% do dólar ajudou as referências nacionais a driblarem a pressão das cotações em Chicago e, em muitos locais, chegaram até a registrar valorizações bastante fortes. 

Veja também:

 >> USDA mantém índice de lavouras em boas condições em 54% para soja e 57% para o milho

>> Soja: Preços no Brasil driblam quedas de Chicago e sobem até 4% no interior nesta 2ª

 

Por: Aleksander Horta e Ericson Cunha
Fonte: Notícias Agrícolas

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