Rumores sobre China comprando grandes volumes de soja dos EUA animaram Chicago, mas falta de confirmação devolveu ganhos

Publicado em 17/10/2019 17:00
No Brasil, alta do dólar impulsiona preços e negócios com a safra já ocorrem acima de 90 reais nos portos
Ginaldo de Sousa - Diretor Geral do Grupo Labhoro

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Entrevista com Ginaldo de Sousa - Diretor Geral do Grupo Labhoro sobre o Fechamento de Mercado da Soja

 

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Depois de dois dias de quedas, o mercado da soja fechou esta quinta-feira (17) com ganhos tímidos, entre 2 e 3 pontos de alta nos principais contratos. Para Ginaldo de Sousa, diretor do grupo Labhoro, apesar do mercado ter tido boas altas ao longo do dia, a finalização tímida foi uma resposta à falta de confirmação de novas compras chinesas nos EUA. Apesar dos rumores de que a China compraria grandes volumes americanos de produtos agrícolas, ainda não há registros de que isso tenha sido concretizado.

Ginaldo acredita que o mercado deve se manter atento até dezembro, quando o presidente Donald Trump deve se reunir com o presidente chinês, Xi Jinping. Na opinião do diretor da Labhoro, a China já estaria abastecida com soja o suficiente para se manter nos próximos meses e que o país tem interesse em avançar o acordo com os Estados Unidos. 

O clima continua trazendo incertezas tanto nos estados Unidos, quanto no Brasil. Lá por excesso de umidade, aqui pela falta de chuvas. Para o mercado brasileiro, nos próximos 60 dias o clima será o principal fator a ser acompanhado pelo mercado. Se a irregularidade continuar, o mercado pode adotar o prêmio clima para a soja.

No mercado interno brasileiro, a soja disponível fechou com R$ 89,30 em Paranaguá e R$ 89,00 em Rio Grande. Para a safra nova, referência março/20, são R$ 87,00 no terminal paranaense e R$ 87,50 no gaúcho. Segundo Ginaldo, para a safra velha as negociações superaram os R$ 90.

Fonte: Notícias Agrícolas

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