Paraná supera previsões de perdas grandes para a soja e ainda espera alta produção na safra 2020/21

Publicado em 20/01/2021 16:04 e atualizado em 20/01/2021 17:35
Deral avalia que condições de clima melhoraram após dia 10 de dezembro e ajudaram no desenvolvimento das lavouras que serão colhidas, especialmente, entre fevereiro e março
Marcelo Garrido Moreira - Economista do Deral

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Paraná supera previsões de perdas grandes para a soja e ainda espera alta produção na safra 2020/21

 

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O Paraná teve um início de safra de soja 2020/21 bastante complicado e as previsões eram de grandes perdas na produção, que teve sua projeção reduzida de 20,7 milhões de toneladas para 20,4 milhões.

Porém, a umidade retornou ao estado a partir de 10 de dezembro e as condições das lavouras melhoraram bastante. Segundo o economista do Deral, Marcelo Garrido Moreira, o departamento pode inclusive voltar a elevar a estimativa de produção em seu próximo relatório mensal que será divulgado na próxima semana.

“A safra não será recorde como as 20,8 milhões de toneladas da safra passada, mas também não será pequena. Vai ser uma safra volumosa”, diz Moreira.

Já a colheita, começou de maneira insipiente na região de Pato Branco, onde cerca de 500 hectares estão mais adiantados, mas deve ganhar força mesmo entre fevereiro e março. Até lá, a atenção tem que ser voltada ao controle de doenças para evitar novos problemas de produção.

“Antes a preocupação era a falta de chuvas e agora novamente a atenção está voltada ao clima porque nessas condições de umidade a Ferrugem se prolifera”, comenta o economista, que aconselha ao produtor muito cuidado nas aplicações necessárias neste momento.

No que diz respeito à comercialização, mais de 40% da safra já foi vendida no estado e os preços atuais da soja giram ao redor dos R$ 150,00 a saca. Garrido acredita que as vendas devam avançar mais agora e que a rentabilidade será grande, inclusive já viabilizando investimentos para a próxima safra 2021/22.

Confira a íntegra da entrevista com o economista do Deral no vídeo.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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