Goiás já colheu 10% da soja e resultados estão melhores do que o esperado

Publicado em 12/02/2021 10:28 e atualizado em 12/02/2021 11:39
Produtividade das primeiras áreas é menor do que a da safra passada, mas supera as expectativas iniciais após dificuldades climáticas deste ciclo. Janela para segunda safra de milho será apertada e alguns produtores podem migrar para o sorgo
Leonardo Machado - Coordenador Institucional e Engenheiro Agrônomo do Ifag

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Goiás já colheu 10% da soja e resultados estão melhores do que o esperado

 

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A colheita da soja já foi realizada em 10% das lavouras de Goiás e deve se estender por mais 30 ou 50 dias nas áreas de ciclo mais longo e com plantio mais tardio. Até aqui, os resultados obtidos estão surpreendendo positivamente os produtores do estado.

Segundo o coordenador institucional e engenheiro agrônomo do Ifag, Leonardo Machado, a expectativa era uma produtividade abaixo das 60 sacas por hectares, mas essas primeiras áreas obtiveram resultados entre 60 e 61 sacas. De qualquer foram, o patamar é menor do que as 62/63 sacas da safra passada.

O principal motivo para essa redução na produtividade de uma safra para a outra foi o mês de novembro, que registrou chuva abaixo da média e entre 15 e 20 dias de seca. Por outro lado, dezembro e janeiro foram chuvosos e ajudaram na recuperação das plantas.

Com a colheita estendida, a janela de cultivo para a segunda safra de milho será apertada no estado. Machado acredita que essa situação possa levar ao aumento no plantio de sorgo em detrimento do milho, mas ainda haverá plantio do cereal mesmo que após o período ideal.

Enquanto isso, 60% dessa safra de soja já foi vendida com preços entre R$ 80,00 e R$ 100,00 e essas primeiras colheitas serão destinadas para cumprir esses contratos. O restante deverá ser disponibilizado aos poucos para fugir do pico de oferta.

No milho, as vendas também avançaram para um patamar entre 30 e 35%, com os produtores retraídos com a incerteza da janela de plantio e esperando mais para negociar, apostando em disponibilizar o grão no mercado físico pós colheita.

Confira a íntegra da entrevista com o coordenador institucional e engenheiro agrônomo do Ifag no vídeo.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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