MS inicia plantio da soja esperando aumento na área cultivada e redução na produção

Publicado em 30/09/2021 10:17 e atualizado em 30/09/2021 13:58
Estimativa menor de produtividade se dá devido a recalibração dos dados para a média histórica após recorde do ciclo passado. Aprosoja MS se preocupa também com a relação de troca neste momento em que os insumos estão muito mais caros
André Figueiredo Dobashi - Presidente da Aprosoja MS

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MS inicia plantio da soja esperando aumento na área cultivada e redução na produção

O plantio da safra de soja 2021/22 está autorizado e já começou no Mato Grosso do Sul, mesmo que as condições climáticas ainda não sejam as mais favoráveis. Muitos produtores semearam no pó e agora aguardam a confirmação das chuvas previstas para a próxima semana.

Segundo o presidente da Aprosoja MS, André Figueiredo Dobashi, essa já é uma preocupação da entidade, pois caso essas precipitações não aconteçam podem dificultar a vida de quem já plantou e atrasar as atividades do restante do estado.

Neste início de ciclo, a entidade estima em 7% o crescimento de áreas cultivadas atingindo 3,77 milhões de hectares com soja e uma produção de 12,8 milhões de toneladas após a produtividade de 56,4 sacas por hectare. Sendo assim, mesmo com incremento de cultivo, a produção deve ser menor do que a da safra passada.

A liderança explica que no ciclo 2020/21 houve recorde de produtividade no estado com 63 sacas por hectare de média e que para se fazer a projeção inicial da nova temporada foi levada em conta a média histórica estadual e a perspectiva de menos chuvas ao longo do desenvolvimento das lavouras.

Outra questão que preocupa a entidade é a financeira, com a relação de troca ficando mais apertada neste momento. Dobashi destaca que quem travou custos no começo do ano, mesmo com a soja à R$ 120,00 a saca, conseguiu melhores condições do que quem precisar travar algo agora com a saca valendo R$ 160,00, devido ao grande aumento nos preços dos insumos.

Até aqui, os produtores sul-mato-grossenses já negociaram cerca de 40% da produção com preços melhores do que os da safra passada, mas em ritmo mais lento do que a da última temporada.

Confira a íntegra da entrevista com o presidente da Aprosoja MS no vídeo.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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