Soja tem fortes fundamentos altistas e tendência clara, mas pode sentir pressão severa do financeiro

Publicado em 03/06/2022 16:37 e atualizado em 03/06/2022 17:28
Incertezas no macrocenário passam pelas mudanças esperadas para a política monetária dos EUA pelo Federal Reserve, pela guerra entre Rússia e Ucrânia - e a criação do possível corredor de exportação para os produtos ucranianos - que pode levar fundos a saírem das commodities.
Eduardo Vanin - Analista de Mercado da Agrinvest

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Soja tem fortes fundamentos altistas e tendência clara, mas pode sentir pressão severa do financeiro

O mercado passou por uma correção depois das altas da sessão anterior - que foram de mais de 2% somente no grão -, porém, ainda monitoram um cenário forte de fundamentos positivos. O quadro é pautado principalmente na demanda e nos estoques apertados nos Estados Unidos. Do mesmo modo, se acompanha este quadro também para os derivados de soja, em especial o óleo que tem oferta global entre todos os óleos vegetais muito ajustada. 

E o óleo, nesta sexta, na contramão do farelo e do grão, ainda resistia do lado positivo da tabela em Chicago, com altas que chegaram a passar de 2%. 

Os traders também permanecem focados na fase final do plantio norte-americano e nas condições de clima para o Corn Belt nas próximas semanas, que serão determinantes para o desenvolvimento das lavouras. Outro ponto de atenção sobre a safra 2022/23 é a área a ser efetivamente plantada nos EUA, a qual poderia apresentar mudanças entre soja e milho em relação às estimativas iniciais. 

A guerra entre Rússia e Ucrânia, por sua vez, não sai do radar. As especulações sobre o corredor de exportação que poderia ser aberto para as exportações ucranianas seguem influenciando o andamento do mercado de grãos, bem como as próximas reuniões esperadas para a semana que vem, em especial a do dia 8 de junho que acontece na Turquia. 

Assim, "na próxima semana temos USDA e mais reuniões entre Rússia e Ucrânia. A reta final do plantio americano também será acompanhada. O apagão do diesel é outro assunto importante", explica o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities. 

Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte: Notícias Agrícolas

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