Falta de acordo EUA-China derruba soja em Chicago, mas volta a puxar prêmios no mercado brasileiro

Publicado em 07/07/2025 17:24 e atualizado em 07/07/2025 18:06
Oportunidades, porém, segue se apresentando para os produtos do Brasil, inclusive milho, além da soja, com as novas tarifas de Trump sobre países como o Japão, por exemplo.
Ronaldo Fernandes - Analista de Mercado Royal Rural
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Falta de acordo EUA-China derruba soja em Chicago, mas volta a puxar prêmios no mercado brasileiro

 

Os preços da soja terminaram a segunda-feira (7) com mais de 2% de queda na Bolsa de Chicago. As perdas nos principais vencimentos foram de 24 a 28,50 pontos, levando o setembro a US$ 10,13 e o novembro a US$ 10,20 por bushel. O mercado foi intensificando suas baixas ao longo do dia, acompanhando um movimento generalizado de baixa das commodities agrícolas. Ainda na CBOT, as perdas do milho foram de mais de 3%. 

Como explicou o diretor da Royal Rural, Ronaldo Fernandes, a falta de um acordo concreto entre os EUA e a China pesou sobre os mercados, além do fato do presidente americano Donald Trump ter subido o tom contra países aliados ao BRICS, voltando a falar em tarifas. Nesta segunda, taxas de 25% ao Japão e à Coreia foram anunciadas, antes da data limite das tarifas recíprocas no dia 9 de julho. A notícia pesou, principalmente, sobre o mercado do milho, uma vez que os japoneses são um dos principais compradores do cereal norte-americano. 

Além disso, a nova safra dos EUA se desenvolve sem grandes ameaças, com o clima ainda bastante favorável no Meio-Oeste americano, o que reforça aos traders as perspectivas de uma safra regular norte-americana, com o a produção de milho podendo, inclusive, superar 400 milhões de toneladas. 

O mercado também vai se preparando, ao longo desta semana, a divulgação do novo boletim mensal de oferta e demanda pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que também deve mexer com os ânimos na CBOT.

No Brasil, as oportunidades continuam se apresentando via prêmios. E os valores no mercado brasileiro continuarão subindo, uma vez que a soja brasileira deverá seguir muito demandada na exportação, além de ser disputada ainda com a indústria processadora local. 

Acompanhe a análise completa de Ronaldo Fernandes no vídeo acima. 

Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistacarlamendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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