Prêmios da soja testam até US$ 1,80 por bushel acima de Chicago nesta 3ª diante da boa demanda e da lateralidade de Chicago

Publicado em 29/07/2025 17:24 e atualizado em 29/07/2025 18:04
Mercado internacional permanece sem grandes variações diante da falta de notícias típica do período. Safra se desenvolve bem nos EUA e China mantém compras concentradas na AMS.
Ginaldo de Sousa - Diretor Geral do Grupo Labhoro

Os preços da soja fecharam a terça-feira (29) com leves baixas na Bolsa de Chicago. Os futuros finalizaram o dia recuando pouco mais de 3 pontos nos principais vencimentos, levando o setembro a fechar abaixo dos US$ 9,90, com  US$ 9,89 por bushel. O vencimento novembro, que é referência para a safra americana, terminou o dia com US$ 10,08. 

O mercado está carente de novidades. Faltam notícias que possam voltar a movimentar as cotações na CBOT, uma vez que as conhecidas foram já absorvidas pelos traders. Entre elas estão o bom desenvolvimento da nova safra americana, a China sem comprar dos EUA e o ritmo ainda intenso de comercialização da soja 2024/25 do Brasil. Ontem, o USDA elevou o índice de lavouras de soja em boas ou excelentes condições de 68% para 70%, o que corrobora ainda mais com as perspectivas de uma safra cheia nos EUA. 

Enquanto isso, os prêmios permanecem como destaque no mercado brasileiro. Os indicativos seguem altos para a soja disponível, porém, os preços tanto no interior, quanto nos portos, permanecem estáveis, o que limita novos negócios nesta semana. Segundo explicou o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa, nesta terça-feira os prêmios abriram o dia testando até US$ 1,80 por bushel acima das referências de Chicago, perdendo um pouco de força ao longo dos negócios, mas mantendo-se elevados. 

Com Chicago de lado, mas os prêmios altos - e o dólar bastante volátil -, os prçeos pagos aos produtores no Brasil também têm exibido certa estabilidade, sem grandes mudanças, o que faz com que esta venha sendo uma semana de novos negócios apenas pontuais. A demanda pela soja por parte da China segue concentrada no Brasil, divide-se em partes com a Argentina, e segue ausente nos EUA. Para Sousa, porém, uma acordo da nação asiática com os Estados Unidos será inevitável e no momento oportuno - e possível - voltará a comercializar a oleaginosa norte-americana.

Acompanhe a análise completa de Ginaldo Sousa no vídeo acima. 

Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistacarlamendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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