Com 15 mi de t para serem compradas até o fim do ano, China ainda não compra soja dos EUA e pressiona Chicago

Publicado em 03/09/2025 16:54 e atualizado em 03/09/2025 18:01
Preços em reais por saca vem caindo no Brasil nesta semana, mas prêmios voltaram a subir nos portos, podendo reestabelecer o mercado nacional. Comercialização ainda está mais lenta do que em semanas anteriores.
Chau Hue - Head de Inteligência de Mercados da Stag Securities
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Com 15 mi de t para serem compradas até o fim do ano, China ainda não compra soja dos EUA e pressiona Chicago

 

Os preços da soja voltaram a recuar na Bolsa de Chicago e terminaram a quarta-feira perdendo mais de 9 pontos nos principais vencimentos. O contrato novembro, que é o mais negociado agora, terminou o dia com US$ 10,31 e o março com US$ 10,65 por bushel.

Faltam novidades e um apelo para ganhos mais sustentados na CBOT. Entre os fundamentos, a pressão ainda vem, principalmente, da ausência da China para compras no mercado norte-americano. A demanda da China segue focada no Brasil e o país voltou, inclusive, a comprar mais soja da safra velha do Brasil, mesmo mais cara do que a americana. Além disso, a pressão dos derivados - em especial do óleo de soja que recuou forte nesta quarta - também pesou. 

No mesmo momento, há ainda a nova safra dos EUA que caminha para concluir seu desenvolvimento, ao passo em que uma nova safra começa a ser plantada no Brasil. Assim, o clima por aqui deverá ganhar cada vez mais espaço no radar dos traders. 

No Brasil, os prêmios nos portos voltaram a subir, especialmente para a soja disponível. Ainda assim, com as quedas em Chicago, os indicativos no mercado nacional recuaram nos últimos dias, também influenciados pela queda do dólar. Nesta quarta, a moeda americana terminou o dia com R$ 5,45 e baixa de 0,4%. 

Chau Hue, head de inteligência de mercados da Stag Securities comentou sobre o comportamento dos preços no Brasil nestes últimos dias, com queda dos valores em reais por saca, que cederam nos últimos dias e diminuíram o ritmo de negócios. Além disso, ainda trouxe a possibilidade de que a nova safra do Brasil em andamento possa pressionar um pouco mais as cotações em Chicago. Acompanhe sua análise na íntegra no vídeo acima. 

Por: Carla Mendes | Instagram @jornalistacarlamendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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