Inverno chuvoso atrasou plantio de trigo no RS e região Sul do estado terá menos área do que o esperado

Publicado em 18/07/2022 10:09 e atualizado em 18/07/2022 10:58
Atividades deveriam ser encerradas ao final de junho, mas ainda senguem avançando e algumas localidades devem deixar de plantar. Preços de mercado são positivos, mas devem recuar com a chegada da colheita em novembro
Marcelo De Baco - Corretor de Mercado De Baco Corretora de Mercadorias

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Inverno chuvoso atrasou plantio de trigo no RS e região Sul do estado terá menos área do que o esperado

O plantio do trigo já foi concluído em 88% das lavouras do Rio Grande do Sul, de acordo com dados divulgados pela Emater/RS-Ascar na última sexta-feira (15), enquanto o mesmo período do ano passado já registrava 94% e a média dos últimos cinco anos é de 93%. 

Na avaliação do corretor de marcado da De Baco Corretora de Mercadorias, Marcelo De Baco, esse atraso se dá em função das inesperadas chuvas no inverno gaúcho que dificultam a avanço das atividades e devem, inclusive, impedir o plantio em algumas áreas do Sul do estado. 

“O plantio foi bastante escalonado com um inverno bastante chuvoso e isso alongou o período de plantio. Especialmente em regiões da metade Sul, em áreas de planície que o solo é fácil de ficar encharcado, fica mais difícil fazer a drenagem e o controle. Toda a região Sul como Alegrete, Pelotas, Capão do Leão e Viamão, o pessoal abandonou áreas porque não conseguia drenar e o solo não tinha capacidade de secar a tempo de plantar o trigo”, conta. 

Mesmo com essas dificuldades, o corretor destaca que o estande de lavouras é bom neste início de safra e a oferta de 2022 deve chegar com força no mercado gaúcho durante o mês de novembro, impactando no movimento das cotações do cereal. 

“Existe uma forte entrada, uma oferta robusta e momentânea daquele volume de trigo e isso faz com que os preços sejam deprimidos. É importante que vá se saindo das posições de trigo, especialmente daquilo que cobre custo, e se consiga sair dela antes do forte da safra porque pode acontecer uma queda”, diz De Baco. 

Confira a íntegra da entrevista com o corretor de marcado da De Baco Corretora de Mercadorias no vídeo. 

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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