Rentabilidade: o foco da pecuária de corte, por Eduardo Castilho

Publicado em 07/03/2016 12:03

Durante muitos anos pecuária de corte foi vista por pessoas de fora do meio agro como um negócio de baixíssima rentabilidade, de baixo ou nenhum retorno de capital, onde era necessário uma imobilização de recursos muito grande quando considerado  bens como terra e semoventes.

Também acreditava-se que para se ter sucesso era necessário produzir de forma extrativista, sem uso de tecnologia e baixo investimento na produção, em grande escala e exercida por pessoas com tradição na área.

Nos últimos anos diversas mudanças ocorreram nos cenários econômicos e de produção que fizeram com que os holofotes se virassem para a produção de carne.

Atualmente a atividade circula como opções de aplicação de capital, nas rodas de conversas dos mais diversos investidores, como empresários, médicos, engenheiros, advogados e diversos outros profissionais liberais.

Isto se deve, a melhor compreensão da atividade devido a veiculação dos mais diversos materiais nas mídias de comunicação divulgando margens de remuneração interessantes de forma segura.

Além do que, a pecuária é uma atividade como qual quer outra onde cabe mapeamento de processos, criação de indicadores de controles, auditorias, planejamento financeiro, comercial e de atividades.

O sistema de produção pode ser adaptado para diferentes modelos de negócios, com diferentes vantagens, gargalos e ganhos de capital.

Os sistemas mais comumente explorados são:

Cria – onde o foco é a produção de terneiros e vendas de fêmeas descarte;

Recria – que consta na compra de terneiros onde se busca um incremento de peso e comercialização dos animais para invernadores;

Engorda –  onde se compra animais recriados e os leva à terminação, ou engorda, seguindo para abate;

Ciclo completo – onde todas as etapas anteriores são realizadas dentro do mesmo sistema;

Porém, vinculados ou não aos sistemas mencionados anteriormente, existem diferentes oportunidades de negócios, com arrendamento de áreas, sistema de pastoreio por cabeça, parcerias de capital, confinamentos de oportunidade, capitalização de animais a ganho de peso em campo nativo ou pastagem cultivadas, arrendamento de pastagens ligadas à integração lavoura-pecuária, dentre outras formas de parcerias de produção em diferentes modelos, proporções e rentabilidades.

Deste modo, cabe planejar e analisar as oportunidades de mercado para que se possa obter ganhos interessantes em possíveis modelos de negócios existentes.

Tags:

Fonte: Lance Agronegócios

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Uma necessidade urgente, por Afonso Peche Filho e Thiago Pinto Pires
Secretaria da Fazenda de SP prorroga prazo para extinguir e-CredRural, por Douglas Guilherme Filho
Equidade na cana-de-açúcar: o caminho para um pagamento justo e sustentável
Safra 2023/2024 do Centro Sul: Aumento expressivo da moagem de cana foi principal fator na redução de 15,3% do custo do processamento industrial
Movimentos do setor sucroalcooleiro no Brasil e nos EUA são bons para investidores em Fiagros