Meritocracia sim, politocracia não, por José Luiz Tejon Megido

Publicado em 08/02/2017 10:45
José Luiz Tejon Megido é Conselheiro Fiscal do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS) e Dirige o Núcleo de Agronegócio da ESPM.

Muito tem se falado sobre a importância da meritocracia nos cargos de direção de órgãos e empresas públicas, o CEAGESP que exige agora um presidente competente, indicado pela meritocracia e não pela politocracia, indicação política.

Agora outra categoria se rebela e quer ver a meritocracia nos cargos das superintendências dos auditores agropecuários. São os fiscais federais, responsáveis pela segurança sanitária do país. Função de extrema importância e relevância no agronegócio, representa simplesmente a segurança agroalimentar, incluindo insumos e toda a defesa sanitária vegetal e animal.

Os auditores esperam que o decreto nº 8762 de 10 de março de 2016 seja cumprido, e este diz; Os cargos de superintendência federal devem ser entregues a servidores efetivos do quadro do Ministério da Agricultura.

O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários nos informam que a maioria dos superintendentes atuais foram indicados por políticos e estes agora se movimentam para revogar os artigos do decreto que definem a quem os cargos de liderança deveriam ser entregues. Meritocracia e não politocracia.

O governo Temer tem se manifestado de forma veemente a favor da meritocracia nos cargos públicos e de empresas públicas, e claro, assim deve ser. Estes cargos precisam estar muito além de leilões político partidários e estarem conectados a performance executiva. 

Que os auditores agropecuários façam cumprir o decreto já aprovado no ano passado. Meritocracia sim, politocracia não.

Fonte: CCAS

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