Dilma quer levar brasileiros "ao paraiso!", (artigo de Rodrigo Constantino|)
Enquanto o mundo for habitado por seres humanos, ele jamais será um paraíso. Seres humanos são imperfeitos por natureza, e sempre serão. A arrogância dos engenheiros sociais na busca do "novo homem" sempre culminou em terror, miséria e escravidão. A Utopia, o mito do “bom selvagem” e de uma Idade de Ouro perdida, o Éden que precisa ser resgatado, tudo isso sempre conquistou uma legião de desesperados em busca de consolo, ainda que totalmente falso. Pastores, “profetas” e políticos sempre aproveitaram essa fraqueza humana para vender ilusões. Onde há demanda, lá estará um charlatão de plantão.
Os marxistas foram mais espertos que os religiosos embusteiros: em vez de prometer o paraíso apenas para depois da morte, eles oferecem o sonho de um paraíso terrestre. Se a religião é o ópio do povo, como Marx acreditava, então o marxismo é o crack: vicia e mata mais rápido ainda. O próprio Marx tinha todas as características de um profeta, não de um cientista econômico, a despeito de sua pretensão de ter criado o “socialismo científico”. No fundo, ele foi um vendedor de dogmas que conquistavam adeptos através das emoções, não da razão.
Dilma parece não ter enterrado no passado seu viés autoritário e revolucionário. Ela, ao que seu discurso indica, não pretende ser a presidente do país, mas sim uma guia do povo, tal como Moisés teria feito com o povo judeu. Dilma não pretende governar, mas liderar o povo rumo ao paraíso. Não obstante tamanha prepotência, resta questionar qual visão de paraíso ela tem, uma vez que lutava no passado – e luta ainda hoje – pelo regime cubano, que ainda admira e defende. Seria esse “paraíso” que Dilma pretende nos levar algo parecido com a ilha caribenha, então? Se o paraíso tem alguma semelhança com o feudo dos irmãos Castro, prefiro nem pensar em como o inferno seria!
Jim Jones, pastor evangélico e fundador da igreja Templo do Povo, em Jonestown, acreditava estar liderando aquele séquito de fanáticos hipnotizados ao paraíso quando convenceu todos – e forçou até crianças – a beber veneno. Trata-se do maior suicídio coletivo de que se tem registro, ultrapassando 900 mortos. Eis o que acontece quando um bando de doidos resolve acreditar num “profeta” que vai lhes guiar ao paraíso...