Global Agribusiness Forum: "Brasil terá que dobrar a produção de alimentos nos próximos 35 anos", diz presidente da Monsanto

Publicado em 26/09/2012 11:39

Nesta quarta-feira, um dos primeiros paineis no Global Agribusiness foi o Agribusiness do Futuro, que teve como palestrante o professor Bruce Babcock, diretor do Center of Agricultural and Rural Development da Universidade do estado de Iowa, nos Estados Unidos, e os debatedores foram o ex-secretário de Agricultura do Estado de São Paulo e presidente do Cosag - Fiesp, João de Almeida Sampaio Filho e o presidente da Monsanto, André Dias. Mais uma vez, o principal tema abordado foi a segurança alimentar e a grande oportunidade do Brasil em se tornar um dos principais fornecedores mundiais de alimento.

"Às vezes esquecemos que o Brasil é uma das maiores potências alimentares do mundo. Há 40 anos nós importávamos comida, hoje, dobramos a população e exportamos alimentos. A demanda mundial é uma grande oportunidade para o Brasil", disse André Dias. O presidente da Monsanto falou ainda sobre a mudança da dieta de países emergentes, que procuram hoje por uma melhor qualidade do alimento que consomem, e o aumento do consumo mais constante de carnes, por exemplo, algo relativamente novo entre as classes mais baixas dessa nações.

Por outro lado, Dias lembrou que apesar do aumento da riqueza da população mundial houve, ao mesmo tempo, um aumento das pessoas que hoje passam fome. "Atualmente há 1 bilhão de pessoas que vão para a cama com o estômago vazio e isso, além de uma grande oportunidade para o Brasil é também uma grande responsabilidade", disse.

Frente a este cenário, a expectativa é de que o Brasil tenha que dobrar sua produção de alimentos nos próximos 35 anos. Para isso, segundo as lideranças que debatiam o assunto no fórum, será necessário aliar uma especialização da mão de obra, aliada ao aumento de tecnologia e o crescimento, cada vez maior, de uma produção sustentável.

De acordo com Bruce Babcock, a demanda por produtos vindos de uma "economia verde" serão cada vez mais demandados e as empresas como supermercados e restaurantes, por exemplo, serão "obrigados a vendê-los já que será uma exigência dos consumidores".

Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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