Vendas nominais no varejo devem subir até fevereiro de 2026, aponta IDV

Publicado em 22/12/2025 14:48
Índice Antecedente de Vendas aponta crescimento para os próximos meses que varia de 1,6% a 2,8%; em novembro, houve alta de 2,7%

Os últimos dados do IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas do Instituto para Desenvolvimento do Varejo) nominal, que considera a participação das atividades no volume total de vendas do comércio varejista medido pelo IBGE, apresenta previsão de crescimento de 1,6% em dezembro deste ano e de 2,8% e 2,2% em janeiro e fevereiro de 2026, respectivamente, sempre em relação aos mesmos meses do ano anterior. Em novembro, houve alta de 2,7%. Já os dados apresentados pelo IAV-IDV, ajustados pelo IPCA, apontam quedas de 2,7% em dezembro deste ano, 1,8% e 1,6% em janeiro e fevereiro de 2026, respectivamente. Em novembro, houve queda de 1,8% em relação ao mesmo mês de 2024.

“O resultado de novembro foi influenciado pela intenção de consumo das famílias, que avançou 0,5%, após três meses seguidos de queda. O resultado foi incentivado pela proximidade com o final do ano e em função da Black Friday, que teve um crescimento de dois dígitos em relação ao mesmo período de 2024”, explica Jorge Gonçalves Filho, presidente do IDV.

O cenário para os próximos meses ainda inspira atenção pois a expectativa é que o IPCA, índice oficial de inflação, feche 2025 com alta de 4,36%. Embora esteja abaixo do teto da meta, permanece acima dos 3,0% definidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Essa inflação mais alta pode afetar diretamente o bolso das famílias, reduzindo o poder de compra. Já a política monetária segue em campo contracionista, com a Selic em 15% ao ano. “Por mais que as explicações técnicas queiram justificar este patamar da Selic, que leva os juros reais a, aproximadamente, 10%, há o risco de gerar uma profunda retração no varejo, em especial para os médios e pequenos varejistas. O patamar elevado de juros encarece o crédito para famílias e empresas, dificultando a expansão do consumo e dos investimentos privados. Esse ambiente econômico pode influenciar o desempenho do varejo. A combinação entre inflação, desaceleração da atividade e custo elevado do crédito pode afetar o ritmo efetivo dessas vendas à medida que a capacidade de consumo das famílias tende a ficar mais restrita”, analisa Jorge Gonçalves Filho.

As projeções são feitas a partir dos dados individuais que cada associado do IDV informa em relação à sua expectativa de faturamento para os próximos três meses. Esse conjunto de empresas que compõem o índice possui representantes em todos os setores do varejo e corresponde a, aproximadamente, 20% das vendas no varejo brasileiro.

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Fonte:
IDV

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