Paulinho, da Força Sindical: 'Dilma deveria estar presa pelos roubos na Petrobras'

Publicado em 01/05/2014 17:51
Presidente não compareceu às comemorações do 1º de Maio da Força Sindical em S. Paulo

A tradicional comemoração do Dia do Trabalho da Força Sindical, em São Paulo, foi marcada nesta quinta-feira por um duro discurso do líder da central sindical, o deputado Paulo Pereira da Silva (SDD-SP), contra a presidente Dilma Rousseff. "Quem deveria estar presa na Papuda [presídio em Brasília onde estão os mensaleiros José Dirceu e José Genoino] é a presidente Dilma, pelos roubos que tem feito na Petrobras, empresa que os brasileiros aprenderam a admirar", disse.

Paulinho aproveitou para criticar a ausência da presidente no evento da Força, que reuniu 1,5 milhão de pessoas, segundo a central. "Quem tem coragem mostra a cara e quem não tem manda representantes", afirmou Paulinho, referindo-se aos dois emissários de Dilma no evento, o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e o ministro do Trabalho, Manoel Dias.

Ex-dirigente do PDT, Paulinho criou o Solidariedade no ano passado, partido que irá apoiar a candidatura de Aécio Neves (PSDB-MG) ao Palácio do Planalto. O tucano, aliás, esteve no evento da Força. 

Pronunciamento – A oposição reagiu ao pronunciamento da presidente feito nesta quarta-feira em cadeia nacional de rádio e televisão. Representantes dos partidos de oposição pretendem questionar a fala de Dilma no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por considerar que se trata de campanha eleitoral antecipada.

Para Aécio, a fala de Dilma foi "patética". “Representa o desespero de um governo acossado por sucessivas denúncias de corrupção e uma presidente da República fragilizada pelo boicote da sua própria base, protagonizando um dos mais patéticos episódios já vistos na política brasileira”, disse.

Dilma usou a cadeia nacional de rádio e televisão para fazer um discurso em tom eleitoral, numa mistura de anúncio de medidas, prestação de contas e ataque "àqueles que defendem o quanto pior, melhor".

Paulinho da Força, durante comemoração ao Dia do Trabalhador na Praça de Bagatelle em São Paulo (Nelson Antoine/ 

(Com Estadão Conteúdo) 

 

Política

Aumento de 10% do Bolsa Família é 'populista', FT

Financial Times classifica o reajuste no valor pago pelo Bolsa Família como medida 'acentuada' e acima da inflação

Usuários do Bolsa Família em Salvador (BA) (Welton Araújo/Agência A Tarde/AE)

O jornal britânico Financial Times classificou o aumento de 10% no valor pago como benefício aos assistidos pelo programa Bolsa Família como um "passo populista" antes das eleições presidenciais. A publicação destaca que o reajuste do valor transferido às famílias pobres será maior que a inflação, que gira atualmente em torno de 6%. De acordo com o jornal, é a ação "mais agressiva de contra-ataque da presidente contra a oposição".

"O passo populista marca o mais agressivo contra-ataque da presidente contra a oposição que tenta diminuir sua forte liderança nas pesquisas", diz o FT. A reportagem avalia o reajuste como "acentuado" e destaca que, apesar de Dilma Rousseff continuar líder nas pesquisas eleitorais, a medida acontece dias após novos resultados de intenção de voto mostrarem queda no desempenho da presidente e avanço dos oposicionistas Aécio Neves e Eduardo Campos, pré-candidatos ao Palácio do Planalto.

Ao lembrar que o aumento anunciado na quarta-feira à noite pela presidente empronunciamento em rede nacional de rádio e televisão é maior que a inflação, a reportagem diz que a medida reforça o programa de transferência de renda para os mais pobres. Essa foi a marca do período de quase 12 anos de governos do Partido dos Trabalhadores, personalizados, principalmente, na figura do ex-presidente Lula.

Leia também: Oposição irá à Justiça contra pronunciamento de Dilma 

Atualmente, cerca de 36 milhões de brasileiros recebem o Bolsa Família. "Juntos, formam um grupo que é considerado por analistas como uma base eleitoral leal ao Partido dos Trabalhadores, particularmente no nordeste pobre do País", diz o texto.

(Com Estadão Conteúdo) 

Fonte: Estadao + Veja

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