Exposição de fraude em grupo chinês traz alertas importantes ao agro do BR e faz convite à esclarecimentos para tranquilizar agricultores em momento de crise
Nesta quarta-feira, 17 de dezembro de 2025, o Notícias Agrícolas publicou uma reportagem baseada no artigo do diretor da LucrodoAgro Consultoria Agroeconômica, Eduardo Lima Porto, que causou grande repercussão por se tratar de um tema delicado, mas de extrema importância para o agronegócio brasileiro. O levantamento e análises de Lima Porto tratam da fraude corporativa da empresa chinesa Pengdu Agriculture, controlada pela Shanghai Pengxin Group.
As cifras do caso, no entanto, continham um erro de conversão do autor que, ao ser identificada, foi rapidamente corrigida e repostada, inclusive em seu perfil no Linkedin. As demais informações, no entanto, permanecem, uma vez que foram, de forma responsável, apuradas por Lima Porto, em fontes públicas oficiais da nação asiática, como mostra o documento que baseia seu artigo.
Assim, o consultor traz uma nota de esclarecimento público retratando-se sobre o equívoco. Veja:
"ESCLARECIMENTO PÚBLICO
Na qualidade de proprietário da LucrodoAgro Consultoria Agroeconômica, venho a público esclarecer que, no dia 16 de dezembro de 2025, publiquei no LinkedIn o artigo intitulado: “PENGDU AGRICULTURE E SHANGHAI PENGXIN GROUP: FRAUDE CORPORATIVA E SEUS IMPACTOS NAS SUBSIDIÁRIAS BRASILEIRAS (BELAGRÍCOLA E FIAGRIL)”, o qual também foi repercutido no portal Notícias Agrícolas como parte de uma análise mais ampla envolvendo o mercado.
No primeiro parágrafo do texto, constou a seguinte informação: “RMB 104.797 bilhões (aproximadamente R$ 74,1 bilhões)”. Após a publicação, identificamos que houve erro material na conversão e apresentação do valor, o que gerou uma cifra manifestamente incompatível com a escala econômica das empresas mencionadas.
Diante disso, publicamos imediatamente uma errata, esclarecendo que:
- Onde se lê “RMB 104.797 bilhões”, o correto é RMB 104.797 milhões;
- Onde se lê “R$ 74,1 bilhões”, o correto é R$ 74,1 milhões.
Ressaltamos que as demais informações do artigo permanecem inalteradas, por se basearem em informações públicas e em notícias veiculadas pela imprensa econômica chinesa, traduzidas por ferramentas específicas, cujos links principais foram disponibilizados no trabalho para consultas, permitindo a avaliação independente dos leitores que assim o desejarem.
Feita a correção, a LucrodoAgro reitera seu compromisso com a precisão, com a transparência e com o debate técnico responsável. Nesse contexto, convidamos as empresas mencionadas — Pengdu Agriculture, Shanghai Pengxin Group e suas subsidiárias brasileiras Belagrícola e Fiagril — a oferecerem esclarecimentos ao público, dirimindo as dúvidas que hoje pairam sobre o mercado, especialmente por meio de respostas consistentes ao conjunto de questionamentos técnicos apresentados na sequência do artigo.
Temos plena ciência de que, por se tratarem de empresas de capital fechado, não há obrigação legal de disponibilizar informações de forma ampla e aberta ao mercado nos mesmos moldes exigidos de companhias listadas. Ainda assim, entendemos que uma manifestação voluntária, objetiva e documentada fortaleceria substancialmente a posição dessas empresas perante o mercado agrícola e financeiro, além de oferecer maior tranquilidade a diversos agentes econômicos — clientes, fornecedores, credores, parceiros comerciais e demais stakeholders — que dependem de previsibilidade, confiança e clareza na condução das relações comerciais.
Com a mesma serenidade e firmeza que pautam nossa atuação há quase 20 anos, registramos que, na ausência de respostas substanciais, é natural que dúvidas legítimas permaneçam sem esclarecimento, o que não interessa ao setor, nem aos agentes de mercado, nem às próprias empresas.
Ao longo de quase duas décadas, publicamos centenas de análises técnicas independentes no Brasil e no exterior, com foco na defesa dos produtores rurais e na avaliação crítica de práticas comerciais do setor. Mantemos nossa linha de pensamento e comunicação independente, sem patrocínios ou direcionamentos voltados a interesses empresariais específicos.
Por fim, reiteramos que o equívoco numérico corrigido possuía incongruência evidente, tendo sido sanado com rapidez, justamente para preservar a integridade da informação e o respeito ao público leitor.
Na expectativa de que a transparência prevaleça, permanecemos à disposição para eventuais esclarecimentos adicionais.
Atenciosamente,
LucrodoAgro – Consultoria Agroeconômica
Eduardo Lima Porto"
Eduardo Lima Porto traz ainda uma solicitação de esclarecimentos às empresas citadas, porém, reconhecendo que as mesmas não têm a obrigação de fazê-lo caso não julguem a necessidade de tal manifestação.
"Sabemos que por se tratar de empresas de capital fechado, não há obrigação legal de disponibilizar informações de forma ampla e aberta ao mercado nos moldes exigidos de companhias abertas.
Ainda assim, entendemos que uma manifestação voluntária, objetiva e documentada é uma oportunidade valiosa que fortalece substancialmente a credibilidade das empresas perante o mercado agrícola e financeiro num momento muito desafiador, além de oferecer maior tranquilidade a diversos agentes econômicos, especialmente aos produtores rurais que dependem de previsibilidade, confiança e clareza na condução das relações comerciais".
Veja a solicitação na íntegra:
Do mesmo modo, o direito de resposta às empresas citadas está garantido e o espaço do Notícias Agrícolas aberto para que mais esclarecimentos ou novas informações sejam trazidas à audiência. Há quase 30 anos, nosso portal entrega jornalismo de qualidade, responsável, transparente e independente ao agrongócio brasileiro e mundial. E nesta trajetória, os equívocos que forem cometidos serão informados e corrigidos.