Fertilizantes: Demora no porto provoca alta dos preços

Publicado em 21/07/2010 08:08 e atualizado em 21/07/2010 09:20
A demora para desembarcar fertilizantes no Porto de Paranaguá neste mês já custou US$ 1,5 milhão aos importadores, de acordo com a Federação de Agricultura do Estado do Paraná (Faep). O cálculo considera o gasto extra da indústria para pagar a sobreestadia dos navios. Segundo a Administração Portuária do Porto de Paranaguá e Antonina (Appa), o tempo de espera para navios com fertilizantes é de 15 dias. Ontem, quatro embarcações estavam atracadas no porto e mais 14 ao largo, à espera para atracação. Pelo porto paranaense entram mais de 50% das importações de fertilizantes.

""No final, quem paga esta conta é o produtor, porque o custo é repassado até o último elo da cadeia"", afirma Nilson Hanke Camargo, assessor técnico e econômico da Faep. Para o cálculo, a entidade considerou navios que carregam entre 30 mil a 40 mil toneladas, cujo prazo para desembarque varia de sete a 10 dias, e valor médio de demurrage (gastos com a sobreestadia) de US$ 25 mil por dia.

Camargo atribuiu a demora no desembarque do produto às condições do porto paranaense, que não permite navegação noturna e tem limitações de atracação. "Seria preciso ter mais terminais para descarregar fertilizantes"", diz. Ele enfatiza que a preferência por Paranaguá se deve à vantagem do frete de retorno, situação na qual o mesmo caminhão que leva os grãos até o porto, retorna às áreas produtoras com fertilizantes.

O diretor técnico de Paranaguá, André Cansian, explica que o porto tem dois berços preferenciais para a entrada de fertilizante, podendo abrir um terceiro berço, em caso de volumes maiores. Cansian afirma que a equipe trabalha para evitar os problemas que o porto enfrenta na movimentação de fertilizante nos períodos de pico, entre julho e outubro. No ano passado, o porto inaugurou o terminal público de fertilizantes, mas a unidade ainda não conta com licenciamento ambiental. ""A ideia é que este terminal funcione ainda este ano"", afirma.

Fonte: Folha de Londrina

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