Café: Após queda na véspera, Bolsa de Nova York esboça alta de mais de 200 pts nesta tarde de 4ª feira

Publicado em 15/06/2016 12:49

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta de mais de 200 pontos nesta tarde de quarta-feira (15) e se recuperam de todas as perdas da sessão anterior, motivadas por ajustes técnicos, maior tranquilidade dos operadores em relação à safra 2016/17 do Brasil – que poderia ser impactada por geadas – e a pressão do câmbio. Com essa alta, baseada mais em fatores técnicos, os contratos com vencimento mais distante já estão acima do patamar de US$ 1,40 por libra-peso.

Às 12h22, o contrato julho/16 registrava 137,50 cents/lb, o setembro/16 tinha 139,45 cents/lb e o dezembro/16 anotava 142,15 cents/lb, ambos com alta de 240 pontos. Já o vencimento março/17, mais distante, estava cotado a 144,60 cents/lb com 230 pontos de valorização.

De acordo com o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães, recompras de fundos e especuladores dão o tom positivo às cotações. Na véspera, o especialista já havia alertado sobre essa possibilidade. "Isso [suportes mantidos] deixa a sensação no ar de que o mercado pode, sem dar aviso prévio, entrar em recompras preventivas", afirmou ontem.

O mercado realizou ajustes para baixo nos dois primeiros dias da semana repercutindo os relatos de que poucas lavouras do cinturão produtivo do Brasil tiveram prejuízos com a geada no último final de semana. A condição climática afetou áreas isoladas, principalmente, no Sul de Minas Gerais e na fronteira entre Paraná e São Paulo.

Apesar do mercado se voltar mais às questões técnicas nesta quarta-feira, os operadores permanecem atentos às condições climáticas no Brasil, que podem não só comprometer a colheita, mas impactar também a safra 2017/18. Segundo o analista da Price Futures Group, Jack Scoville, "as temperaturas devem ficar um pouco mais quentes nos próximos dias e parece que o risco de perda adicional para o café passou".

Nas praças de comercialização do Brasil, os negócios com café voltaram a ficar mais lentos após esboçarem reação na semana passada. Segundo Marcus Magalhães, o mercado interno do café deverá ter dia lento com preços firmes e negócios isolados.

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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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