Café: Chuvas e Covid-19 voltam a pressionar e semana termina com baixas em NY, Londres e BR

Publicado em 04/12/2020 17:29 e atualizado em 05/12/2020 11:04

O mercado futuro do café arábica encerrou o pregão desta sexta-feira (4) com desvalorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). 

De acordo com análise do site internacional Barchart, o mercado voltou a ser pressionado pelas previsões de chuvas no Brasil. "As previsões de chuva no Brasil aliviaram as preocupações com as condições de seca e foram baixistas para os preços do café. A Somar Meteorologia previu na terça-feira uma perspectiva mais úmida para as regiões cafeeiras do Brasil nos próximos dez dias", destacou a análise internacional. 

 
Março/21 teve queda de 250 pontos, valendo 117,55 cents/lbp, maio/21 registrou queda de 245 pontos, valendo 119,35 cents/lbp, julho/21 teve queda de 245 pontos, valendo 121 cents/lbp e setembro/21 encerrou com baixa de 235 pontos, valendo 122,45 cents/lbp. 
 
Além das condições climáticas, uma nova onda de contaminação da Covid-19 também preocupa o setor cafeeiro. "as preocupações de que o aumento das infecções da Covid forçará mais países a estender os bloqueios que reduzem a demanda global de café, já que mais restaurantes e cafeterias permanecem fechados", complementa a análise. 
 
As previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), seguem indicando condição de chuvas para Minas Gerais, Alta Mogiana e também no Espírito Santo nos próximos dias. As chuvas levam alívio ao produtor, mas não recuperam os danos que já comprometem a safra 21, que naturalmente já é de ciclo baixo para o Brasil. 

 

>>> Chuvas chegam com intensidade para o Brasil Central

 

O café tipo conilon, na Bolsa de Londres, acompanhou NY e também encerrou com desvalorização. Janeiro/21 teve queda de US$ 9 por tonelada, valendo US$ 1337, março/21 teve queda de US$ 16 por tonelada, valendo US$ 1355, maio/21 teve queda de US$ 16 por tonelada, valendo US$ 1367 e julho/21 registrou queda de US$ 15 por tonelada, valendo US$ 1384.
 
O Conselho Nacional do Café (CNC) destacou na análise semanal, que mesmo com a queda recente, os analistas monitoram o noticiário sobre problemas com as safras de importantes produtores da América Central, do Brasil e do Vietnã, que, aliados à perda de força do dólar ante o real, dão suporte aos preços. 

 

No Brasil, a sexta-feira (4) foi marcada por quedas técnicas em algumas praças produtoras do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 0,34% em Poços de Caldas/MG, valendo R$ 593,00, Franca/SP teve baixa de 3,23%, valendo R$ 600,00 e Campos Gerais/MG encerrou com baixa de 0,83%, negociado por R$ 599,00. Guaxupé/MG manteve a estabilidade por R$ 607,00, Patrocínio/MG manteve a negociação por R$ 595,00, Araguarí/MG manteve o valor de R$ 620,00 e Varginha/MG manteve a negociação por R$ 620,00.

O tipo cereja descascado teve queda de 0,31% em Poços de Caldas/MG, estabelecendo os preços por R$ 653,00 e Campos Gerais/MG teve queda de 0,75%, valendo R$ 659,00. Guaxupé/MG manteve o valor de R$ 650,00 e Patrocínio/MG manteve a negociação por R$ 645,00. 

>>> Veja mais cotações aqui

Tags:

Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Sudoeste de MG: Após chuvas irregulares e queda de chumbinho elevada, produtores de preparam início da safra de arábica
Plataforma Global do Café: Brasil sai na frente mais uma vez e trabalha em grande projeto de cafeicultura regenerativa
Café: Em mais uma semana agitada, arábica recua 3,03%, mas robusta avança 1,74%
illy: Café mais sustentável do mundo está no Brasil e apesar das cobranças, mercado já sabe disso
Café em Prosa #163 - Em busca da qualidade para todo tipo de consumidor: ABIC participa de uma das mais importantes feiras de café do mundo