Em dia de baixas generalizadas, café também recua em Londres e em Nova York nesta 4ª feira

Publicado em 17/06/2021 16:19 e atualizado em 17/06/2021 18:09
Contratos perderam mais de 300 pontos, finalizando por 151 cents/lbp

A quinta-feira (17) foi um dia de baixas para o mercado futuro de café. "Os preços do café fecharam moderadamente mais baixos na quinta-feira, com o arábica caindo para uma baixa de 3 semanas", afirma a análise internacional do site Barchart. 

Setembro/21 teve queda de 385 pontos, negociado por 151,60 cents/lbp, dezembro/21 registrou baixa de 385 pontos, valendo 154,60 cents/lbp, março/22 teve baixa de 380 pontos, valendo 157,30 cents/lbp e maio/22 registrou queda de 370 pontos, valendo 158,70 cents/lbp. 

Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon também teve um dia de desvalorização. Setembro/21 teve queda de US$ 31 por tonelada, valendo US$ 1598, novembro/21 registrou baixa de US$ 29 por tonelada, valendo US$ 1619, janeiro/22 registrou baixa de US$ 30 por tonelada, valendo US$ 1632 e março/22 encerrou com desvalorização de US$ 30 por tonelada, valendo US$ 1644.

Segundo a análise internacional, os preços foram pressionados pelo retorno dos embarques do café colombiano, que estavam paralisados há mais de um mês. "Os preços do café estão sob pressão depois que a Federação Nacional dos Cafeicultores disse na quinta-feira que a remoção dos bloqueios na Colômbia permitiu que o café fosse levado aos portos e as exportações fossem retomadas", afirmou a publicação.

As exportações da Colômbia, segundo maior produtor de café tipo arábica do mundo, registraram queda de 52% em maio, consequência da onda de protestos e violência que tomou o país. Os protestos foram contra o novo projeto de reforma tributária do governo colombiano, anunciado em abril. A Colômbia é o segundo maior produtor mundial de arábica.

A análise voltou a destacar que as últimas chuvas no Brasil também pressionaram o mercado neste pregão. "A Somar Meteorologia informou na segunda-feira que a precipitação em Minas Gerais, a maior região de cultivo de arábica do Brasil, foi de 15,2 mm na semana passada, ou 160% da média histórica", destacou. 

Além do café, todos os mercados tiveram um dia de queda generalizada nesta quinta-feira (17). O mercado sente o peso do cenário macroeconômico internacional. Uma movimentação do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) gerou uma valorização do dólar sobre outras moedas e as ações de diversos setores despencaram nas bolsas internacionais. 

 "O IDX, o dólar contra uma cesta de moedas, acelerou a alta nesta quinta-feira e acumula alta de mais de 1,5% desde às 15h de ontem, quando o comunicado do FED foi divulgado", explicam os analistas de mercado da Agrinvest Commodities.

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No Brasil, o mercado físico acompanhou o exterior e encerrou com desvalorização nas principais praças produtoras do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 2,92% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 832,00, Poços de Caldas/MG registrou baixa de 1,75%, negociado por R$ 840,00, Araguarí/MG teve queda de 1,19%, valendo R$ 830,00, Varginha/MG registrou baixa de 1,73%, valendo R$ 850,00, Campos Gerais/MG encerrou com baixa de 1,75%, negociado por R$ 844,00 e Franca/SP teve queda de 2,94%, valendo R$ 825,00.

O tipo cereja descascado teve queda de 2,75% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 885,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 1,68%, negociado por R$ 880,00, Varginha/MG teve queda de 2,94%, negociado por R$ 890,00 e Campos Gerais/MG registrou baixa de 1,63%, valendo R$ 904,00.

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Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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