Com oferta restrita e risco de chuva insuficiente, café encerra com 3% de alta

Publicado em 23/09/2021 16:42
Londres e mercado físico acompanharam NY e também finalizaram com altas

Os preços do café arábica voltaram a explodir no pregão desta quinta-feira (23) na Bolsa de Nova York (ICE Future US). O mercado já começou o pregão com valorização acima de 1%, e encerrou as negociações com alta de 3,11% nas principais referências, o que representa uma valorização acima dos 500 pontos. 

Dezembro/21 teve alta de 575 pontos, negociado por 190,60 cents/lbp, março/22 registrou valorização de 575 pontos, cotado a 193,40 cents/lbp, maio/22 teve alta de 565 pontos, valendo 194,50 cents/lbp e julho/22 subiu 550 pontos, valendo 195,10 cents/lbp. 

Segundo a análise do site internacional Barchart, a preocupação com a oferta restrita de café segue dando suporte aos preços. "O café arábica tem suporte devido aos sinais de oferta menor no Brasil depois que a Conab cortou na terça-feira sua estimativa de produção de café arábica Brasil 2021", afima a publicação.

Na análise de Haroldo Bonfá, da Pharos Consultoria, apesar da previsão indicar condição de chuvas na região do parque cafeeiro, os volumes ainda ficam abaixo do que o necessário e essa condição é o que também justifica a alta no pregão desta quinta-feira (23). 

Leia mais:

Em Londres, o café tipo conilon também encerrou com valorização. Novembro/21 teve alta de US$ 4 por tonelada, valendo US$ 2146, janeiro/22 registrou valorização de US$ 9 por tonelada, cotado a US$ 2119, março/22 teve queda de US$ 13 por tonelada, valendo US$ 2066 e maio/22 teve alta de US$ 15 por tonelada, valendo US$ 2042.

A falta de contêineres para embarcar o café do Vietnã prejudicará as exportações em um futuro próximo e os preços aumentam. Além disso, um aumento recorde de infecções por Covid no Vietnã levou o primeiro-ministro do Vietnã a aumentar as restrições à pandemia e enviar soldados para as ruas da cidade de Ho Chi Minh e de outras províncias vizinhas para impor restrições à pandemia.

No Brasil, o mercado interno acompanhou e também finalizou com valorização nas principais praças de comercialização do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 1,86% em Guaxupé/MG, valendo R$ 1.097,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 1,42%, cotado por R$ 1.075,00, Araguarí/MG teve alta de 1,83%, valendo R$ 1.100,00, Varginha/MG teve alta de 2,75%, valendo R$ 1.120,00, Campos Gerais/MG encerrou alta de 2,89%, valendo R$ 1.102,00 e Franca/SP teve alta de 0,90%, valendo R$ 1.120,00.

O tipo cereja descascado teve alta de 1,75% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.166,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 1,25%, valendo R$ 1.215,00, Varginha/MG teve alta de 2,65%, valendo R$ 1.160,00 e Campos Gerais/MG registrou valorização de 2,74%, valendo R$ 1.162,00.

>>> Veja mais cotações aqui

 

Tags:

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Café: Perspectivas de chuvas no BR consolidam novamente baixas em NY no fechamento desta 6ª feira (19)
Consumidores de café dos EUA enfrentam preços mais altos mesmo após retirada de tarifas
Preços do café caminhavam em lados opostos nas bolsas internacionais na manhã desta 6ª feira (19)
Preços do café recuam nas bolsas internacionais e atingem mínimas de 4 meses nesta 5ª feira (18)
Região de Franca/SP registra bom pegamento da florada do café para safra 2026
Preços do café no Vietnã caem ao menor nível desde março de 2024 com aumento da oferta