Café: OIC reduz estimativa de superávit e arábica sobe mais de 2% em NY

Publicado em 07/10/2021 17:12
Em contrapartida, OIC também aumentou estimativa de consumo da bebida

O mercado futuro do café arábica encerrou o pregão desta sexta-feira (7) com valorização de 2,30% para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US).  Dezembro/21 teve alta de 445 pontos, valendo 197,90 cents/lbp, março/22 teve valorização de 440 pontos, cotado a 200,80 cents/lbp, maio/22 teve alta de 435 pontos, cotado a 201,90 cents/lbp e julho/22 teve alta de 425 pontos, valendo 202,40 cents/lbp. 

Segundo análise do site internacional Barchart, os preços voltaram a subir após a Organização Internacional do Café (OIC) cortar a estimativa de superávit global de café. "A OIC reduziu sua estimativa de superávit global de café para 2021/21 de 2,63 milhões de sacas para 2,39 milhões de sacas, ao aumentar sua estimativa de consumo global de café para 167,26 milhões de sacas, ante uma estimativa anterior de 167,01 milhões de sacas", destacou a publicação. 

No Brasil, analistas seguem apontando as condições do tempo no Brasil como um fatores mais importantes na formação dos preços neste momento. "A gangorra do café está muito ligada às previsões de chuvas e ao câmbio. Hoje, de novo, o que influência é a quantidade de chuva vai cair nas regiões cafeeiras", comenta o analista de mercado Haroldo Bonfá, da Pharos Consultoria.

As chuvas já começaram a chegar no parque cafeeiro, com potencial para abertura de floradas em várias áreas, mas ainda de forma muito tímida e irregular. Segundo as previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as chuvas continuam chegando, devem atingir áreas cafeeiras em Minas Gerais, São Paulo e Paraná, e deixam parte das áreas em estado de alerta para temporais. 

Mesmo com o retorno, o setor segue em alerta já que com a intensa seca prolongada e as altas temperaturas dos últimos meses, ainda não se sabe o real impacto no potencial produtivo para 2022. O quadro se agravou com as geadas de julho, e apesar de ainda não ser possível quantificar o tamanho do impacto, os danos já existem. As chuvas aliviam, mas não recuperam o potencial da planta. 

Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon teve um dia de estabilidade. Novembro/21 teve alta de US$ 3 por tonelada, valendo US$ 2119, janeiro/22 encerrou valendo US$ 2116 - sem variação, março/22 teve alta de US$ 4 por tonelada, cotado a US$ 2076 e maio/22 teve alta de US$ 5 por tonelada, valendo US$ 2055.

No Brasil, o mercado físico acompanhou e encerrou com valorização nas principais praças de comercialização do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 4,34% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.202,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 1,24%, cotado a R$ 1.225,00, Araguarí/MG teve alta de 1,72%, valendo R$ 1.180,00, Varginha/MG teve alta de 2,52%, valendo R$ 1.220,00, Campos Gerais/MG teve alta de 2,56%, valendo R$ 1.202,00 e Franca/SP registrou alta de 2,50%, valendo R$ 1.230,00.

O tipo cereja descascado teve alta de 4,09% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.272,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 1,11%, valendo R$ 1.365,00, Varginha/MG teve alta de 2,44%, valendo R$ 1.260,00 e Campos Gerais/MG teve alta de 2,44%, valendo R$ 1.262,00. 

>>> Veja mais cotações aqui
 

Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

#RotadoCafé: Conheça a história do Alado Coffee; sucessão, sustentabilidade e qualidade na xícara
Oscar do Agronegócio é do café: Na categoria produtor rural, Ucha leva reconhecimento pelas ações que vem realizando no setor cafeeiro
Em semana de pressão, robusta recuou 14,70%, arábica 10,56% e mercado monitora chuvas
2ª Jornada: 'O mercado e o café carbono neutro' reúne especialistas da cafeicultura, no Cerrado Mineiro
OIC: Exportação mundial de café tem alta de 8% em março