Café tem dia de desvalorização técnica em Londres e NY; Mercado físico tem estabilidade

Publicado em 28/10/2021 16:59
Preocupações com a produção brasileira aumentam a cada dia

O mercado futuro do café arábica encerrou as negociações desta quinta-feira (28) com desvalorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). 

Dezembro/21 teve queda de 140 pontos, valendo 199,95 cents/lbp, março/22 registrou baixa de 135 pontos, cotado a 202,70 cents/lbp, maio/22 teve queda de 135 pontos, valendo 203,45 cents/lbp e julho/22 teve desvalorização de 135 pontos, valendo 204 cents/lbp. 

As chuvas no parque cafeeiro do Brasil seguem no radar do mercado, e apesar de pressionar os preços de certa forma, o cenário por aqui continua sendo de muita incerteza em relação ao tamanho da produção de 2022. Segundo informações da Fundação Procafé, a florada generalizada registrada nas principais áreas de produção de café não vingou e as condições do parque cafeeiro ainda são críticas. 

De acordo com Alysson Fagundes, pesquisador da Procafé, o reflexo da seca prolongada será observada nas safras 22 e 23 do Brasil e as expectativas de uma boa produção ficam apenas para 2024 - ainda assim dependendo das condições climáticas daqui pra frente. 

Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon também teve um dia de baixas. Janeiro/22 teve queda de US$ 20 por tonelada, valendo US$ 2177, março/22 teve queda de US$ 6 por tonelada, valendo US$ 2128, maio/22 teve baixa de US$ 3 por tonelada, valendo US$ 2100 e julho/22 teve queda de US$ 2 por tonelada, valendo US$ 2094.

Em relação ao café tipo conilon, o mercado segue atento aos gargalos logísticos enfrentados pelo Vietnã maior produtor do grão. Além disso, a colheita no país deve ganhar força em meados de novembro, o que também deve ajudar a pressionar as cotações. Assim como no Brasil, o clima também é uma preocupação já que a probabilidade de um La Niña pode aumentar os volumes de chuvas no período da colheita, atrasar os trabalhos no campo e comprometer a qualidade do grão. 

No Brasil, o dia foi marcado por estabilidade nas principais praças de comercialização do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 0,40% em Campos Gerais/MG, negociado por R$  1.249,00 e Franca/SP teve alta de 0,79%, valendo R$ 1.270,00. Guaxupé/MG manteve a estabilidade por R$ 1.250,00, Poços de Caldas/MG manteve por R$ 1.273,00, Patrocínio/MG manteve por R$ 1.290,00, Araguarí/MG manteve a negociação por R$ 1.250,00 e Varginha/MG manteve por R$ 1.270,00.

O tipo cereja descascado teve queda de 0,38% em Campos Gerais/MG, estabelecendo os preços por R$ 1.309,00. Guaxupé/MG manteve a estabilidade por R$ 1.320,00, Poços de Caldas/MG manteve por R$ 1.413,00 e Varginha/MG manteve por R$ 1.320,00. 

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Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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