Café: Em dia marcado pela tranquilidade, arábica e conilon encerram mais uma sessão com ajustes

Publicado em 04/11/2021 16:44
Mercado aguarda por novidades em relação ao clima e também aos embarques do Brasil

O mercado futuro do café arábica encerrou o pregão desta quinta-feira (4) com desvalorização técnica para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). As cotações chegaram a registrar mais de 100 pontos de queda, mas encerram o pregão com ajustes técnicos. 

Dezembro/21 teve queda de 70 pontos, valendo 208,60 cents/lbp, março/22 teve baixa de 70 pontos, valendo 211,45 cents/lbp, maio/22 registrou baixa de 45 pontos, valendo 212,10 cents/lbp e julho/22 teve queda de 60 pontos, valendo 212,10 cents/lbp. 

De acordo com análise do site internacional Barchart, o mercado de café recuou após os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). "Mostram que as exportações de café não torrado do Brasil aumentaram 11%", destacou a publicação. O mercado agora aguarda também o relatório do Cecafé, com os embarques de outubro, a ser divulgado nos próximos dias.

É importante ressaltar que no mês passado, em entrevista ao Notícias Agrícolas, o Cecafé informou que os gargalos logísticos poderiam seguir impactando os embarques do Brasil no longo prazo. Os impasses logísticos afetam todo setor produtivo do país e deram suporte aos preços de café nas últimas semanas. 

Aqui no Brasil, acompanhando de perto as condições do parque cafeeiro, analistas mantêm a projeção de preços firmes para o café. Apesar do retorno das chuvas no último mês, o cenário ainda é de incerteza em relação ao tamanho da safra do ano que vem. De acordo com especialistas, as chuvas recuperaram o estresse hídrico, mas a florada generalizada não vingou, o que aumenta as preocupações com a oferta global do grão. 


Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon também encerrou com desvalorização. Janeiro/22 teve baixa de US$ 28 por tonelada, valendo US$ 2204, março/22 teve queda de US$ 21 por tonelada, valendo US$ 2154, maio/22 teve queda de US$ 18 por tonelada, valendo US$ 2127 e julho/22 teve queda de US$ 17 por tonelada, valendo US$ 2117.

No Brasil, o mercado interno teve um dia marcado pela estabilidade nas principais praças de comercialização do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 0,39% em Poços de Caldas/MG, negociado por R$ 1.300,00 e Patrocínio/MG teve alta de 0,38%, valendo R$ 1.330,00. Guaxupé/MG manteve a estabilidade por R$ 1.305,00, Varginha/MG manteve a estabilidade por R$ 1.320,00, Campos Gerais/MG manteve por R$ 1.304,00 e Franca/SP por R$ 1.320,00. 

O tipo cereja descascado teve alta de 0,35% em Poços de Caldas/MG, negociado por R$ 1.440,00 e Patrocínio/MG teve alta de 0,36%, valendo R$ 1.385,00. Guaxupé/MG manteve a estabilidade por R$ 1.375,00, Varginha/MG manteve a estabilidade por R$ 1.360,00 e Campos Gerais/MG manteve por R$ 1.364,00.

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Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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