Com quebra de safra, chuva no Brasil e problemas logísticos no radar, café sobe mais de 2% nesta 4ª

Publicado em 12/01/2022 08:37
Mercado segue confirmando tendência de alta apontada por analistas

O mercado futuro do café arábica abriu o pregão desta terça-feira (12) subindo forte na Bolsa de Nova York (ICE Future US). No início do pregão, as cotações avançavam 2,43%, confirmando a tendência de alta apontada por analistas e que tem suporte na quebra de safra do Brasil e expectativa de demanda aquecida no Hemisfério Norte. 

Por volta das 08h34 (horário de Brasília), março/22 tinha alta de 550 pontos, negociado por 242,55 cents/lbp, maio/22 tinha alta de 545 pontos, valendo 242,45 cents/lbp, julho/22 tinha valorização de 525 pontos, negociado por 241,65 cents/lbp e setembro/22 tinha alta de 520 pontos, valendo 240,90 cents/lbp. 

Em Londres, as cotações avançavam 1,28% neste mesmo horário. Março/22 tinha alta de US$ 29 por tonelada, valendo US$ 2297, maio/22 tinha valorização de US$ 28 por tonelada, cotado por US$ 2244, julho/22 tinha alta de US$ 27 por tonelada, negociado por US$ 2231 e setembro/22 tinha alta de US$ 15 por tonelada, negociado por US$ 2214. 

Em entrevista ao Notícias Agrícolas, Silas Brasileiro - presidente do Conselho Nacional do Café (CNC) destacou que o ano de 2022 é considerado um ano indefinido, o que acaba impedindo o setor de fazer planejamento no médio prazo, considerando as variáveis que movimentam o mercado no momento, entre elas quebra de safra do Brasil, condição climática, logística e principalmente o elevado custo de produtor. 

Acrescenta ainda que o Brasil terá em 2022, no mês de março, o menor estoque da história. Vale lembrar que o baixo volume é uma resposta à bienalidade da cultura e principalmente o efeito da seca severa que atingiu as principais áreas de produção do Brasil. "Temos café suficiente, mas não em abundância. O que nós temos hoje em estoque é suficiente para abastecimento, passando em março pelo menor estoque da história do Brasil, sem dúvida nenhuma", afirma. 

Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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