Café tem semana marcada pelos estoques, chuva no BR e cai mais de 400 pontos nesta 6ª

Publicado em 18/02/2022 17:09
No acumulado semanal, no entanto, Nova York encerrou com estabilidade

O mercado futuro do café arábica encerrou o pregão desta sexta-feira (18) com desvalorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). 

Maio/22 teve queda de 465 pontos, negociado por 246 cents/lbp, julho/22 teve baixa de 445 pontos, cotado por 244,70 cents/lbp, setembro/22 registrou queda de 415 pontos, cotado por 243,15 cents/lbp e dezembro/22 teve baixa de 390 pontos, valendo 240,20 cents/lbp.  No acumulado semanal, o contrato referência (maio/22) teve baixa de 0,77%.

A semana foi marcada por nova queda nos estoques no exterior, o que deu suporte de alta durante os últimos dias. Nesta sexta, de acordo com análise do site internacional Barchart, o café foi pressionado pelas chuvas no Brasil.  Por aqui, no entanto, especialistas e analistas de mercado afirmam que o cenário continua sendo de preços firmes até pelo menos o início da colheita. As chuvas das últimas semanas são positivas, mas trazem alívio na produção do ano que vem. 

"Os fundamentos permanecem os mesmos, mas as boas chuvas deste verão sobre os cafezais brasileiros, dão aos operadores a esperança de uma safra maior em 2023. Enquanto isso, todos os indicadores e números que chegam ao mercado apontam para escassez e dificuldades no fornecimento de café verde", destacou a análise do Escritório Carvalhaes durante a semana. 

O cenário político externo, como os impasses entre Rússia e Ucrânica, também movimentaram o mercado. De acordo com Haroldo Bonfá, analista da Pharos Consultoria, os fatores externos devem continuar dando volatilidade ao mercado apesar do cenário de preços sólidos. 

Em Londres, o dia também foi marcado por desvalorização. Maio/22 teve queda de US$ 19 por tonelada, valendo US$ 2255, julho/22 registrou queda de US$ 16 por tonelada, cotado por US$ 2235, setembro/22 teve baixa de US$ 12 por tonelada, valendo US$ 2224 e novembro/22 teve queda de US$ 11 por tonelada, cotado por US$ 2220. 

No Brasil, o mercado físico acompanhou e também encerrou com desvalorização nas principais praças de comercialização do país. 

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 3,33% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.450,00,  Poços de Caldas/MG teve queda de 1,34%, negociado por R$ 1.470,00, Patrocínio/MG teve queda de 2,65%, negociado por R$ 1.470,00,  Araguarí/MG teve queda de 1,36%, valendo R$ 1.450,00, Varginha/MG teve desvalorização de 1,99%, valendo R$ 1.480,00 e Franca/SP teve baixa de 3,29%, cotado por R$ 1.470,00. 

O tipo cereja descascado teve queda de 3,14% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.540,00, Poços de Caldas/MG teve baixa de 1,27%, valendo R$ 1.550,00, Patrocínio/MG teve desvalorização de 1,95%, cotado por R$ 1.510,00, Varginha/MG teve baixa de 1,88%, cotado por R$ 1.570,00 e Campos Gerais/MG registrou com queda de 2,56%, negociado por R$ 1.524,00. 

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Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

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