PSA: plantéis chineses devem crescer até 8% ano que vem; importações continuarão aquecidas

Publicado em 13/12/2019 10:51

A China deve continuar sofrendo as consequências do surto de Peste Suína Africana em 2020, de acordo com relatório do Rabobank sobre as perspectivas da Peste Suína Africana, divulgado esta semana. Entretanto, apesar da previsão de continuidade na redução dos planteis, a expectativa é que no segundo semestre o país asiático comece a se recuperar lentamente da crise, aumentando em cerca de 8% dos rebanhos, mas ainda assim, o ritmo das importações de proteínas animais deve seguir aquecido.

Em 2020 deve haver concorrência mais intensa pelas importações de suínos por outros países da Ásia, como Vietnã e Filipinas, já que os surtos da doença vão continuar. Na Europa, o relatório aponta que a doença saltou grandes distâncias na Polônia e na Sérvia, podendo ser causa de ação humana. Novas descobertas de carcaças contaminadas impedem o processo de recuperação na Bélgica

Como muitas matrizes são mantidas para reabastecimento, a escassez de porcos para abate piorará nos próximos meses na China, mas devido à atual tendência de elevar os porcos a pesos mais pesados, esperamos a queda na carne oferta em cerca de 15% em 2020, em comparação com 2019.

Sendo assim, as importações feitas pelo país devem aumentar, o que pode beneficiar o Brasil, que teve mais plantas da agroindústria habilitadas este ano para exportar produtos para a China. A expectativa para o ano que vem é que o Brasil continue liderando as exportações de aves para a China.

ALIMENTAÇÃO

As negociações comerciais em andamento entre Estados Unidos e China impactarão significativamente a farinha de soja e direcionar para o uso de milho. Se os dois países ratificarem um acordo comercial de "primeira fase", o uso de farelo de soja na China pode se recuperar, enquanto o milho para alimentação seria parcialmente substituído por sorgo importado dos EUA. Mas, se um acordo comercial não for alcançado, as fábricas chinesas de alimentos para animais poderão cortar a farinha usar o milho de ração local para alimentar os animais.

 

Por: Letícia Guimarães
Fonte: Notícias Agrícolas

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