Milho: Chicago registra leves ganhos após bons números do USDA

Publicado em 26/03/2020 16:55 e atualizado em 27/03/2020 09:27
Exportações americanas foram de 1,8 milhões de toneladas

A quinta-feira (26) chega ao fim com os preços internacionais do milho futuro acumulando ganhos fracionais na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram altas máximas de 0,75 pontos ao final do dia.

O vencimento maio/20 foi cotado à US$ 3,48 com elevação de 0,25 pontos, o julho/20 valeu US$ 3,54 com valorização de 0,75 pontos, o setembro/20 foi negociado por US$ 3,59 com elevação de 0,75 pontos e o dezembro/20 teve valor de US$ 3,67 com estabilidade.

Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última quarta-feira, de 0,28% para o julho/20 e para o setembro/20, além de estabilidade para os contratos maio/20 e dezembro/20.

Segundo informações da site internacional Farm Futures, os preços do milho passaram a maior parte da sessão de quinta-feira no vermelho, mas finalmente saíram um pouco à frente no fechamento, enquanto os comerciantes tentavam equilibrar a fraqueza do trigo com um conjunto otimista de dados de vendas de exportação do USDA

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos registrou vendas de exportação de milho da safra americana na semana a 19 de março em 1,8 milhão de toneladas, uma alta na campanha.

Além disso, a Agência Reuters apontou que o milho na CBOT enfrentou pressão contínua do setor de etanol. Já que as usinas de etanol dos Estados Unidos estão diminuindo a produção, uma vez que os preços de energia em queda diminuíram as margens de lucro, reduzindo a demanda por milho, a principal matéria-prima do biocombustível.

“Quando você começa a executar as operações matemáticas nas usinas de etanol, sabe que vamos sofrer com a demanda”, disse Chuck Shelby, analista da Risk Management Commodities, com sede em Indiana.

A Reuters identificou cerca de 20 usinas de etanol que interromperam a produção nos EUA nos últimos dias. De acordo com o Padrão de Combustíveis Renováveis, a capacidade total de produção pode cair cerca de 20% até o final de março, uma queda de mais de 3 bilhões de galões.

Agora o mercado deve aguardar relatório de intenções de plantio do USDA para 2020, divulgado na próxima terça-feira. Os analistas esperam que a agência marque a área cultivada neste ano em 94,328 milhões de acres. Isso seria moderadamente superior à estimativa de  94 milhões de acres do USDA em fevereiro e significativamente acima da contagem de 89,7 milhões de acres do ano passado.

Mercado Interno

No mercado físico brasileiro, a quinta-feira registrou cotações permanecendo sem movimentações, em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram registradas desvalorizações apenas na praça de Castro/PR (2,04% e preço de R$ 48,00).

Já as valorizações apareceram apenas no Oeste da Bahia (1,10% e preço de R$ 45,75) e Assis/SP (2% e preço de R$ 51,00).

Em seu reporte diário, a Radar Investimentos aponta que, as cotações do cereal seguem sustentadas e os negócios em conta gotas. “Mesmo com algumas ofertas de fora do estado, o produtor negocia apenas lotes pequenos, enquanto quem possui necessidades imediatas aceita pagar valores maiores”.

Confira como ficaram as cotações nesta quinta-feira:

>> MILHO

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Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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