Milho cai no mercado físico e na B3 nesta quarta-feira seguindo baixa do dólar

Publicado em 27/05/2020 16:41
Chicago sobe pouco após plantio mais devagar nos EUA

A quarta-feira (27) chega ao final com algumas movimentações negativas para os preços do milho no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas valorizações em Ponta Grossa/PR (2,22% e preço de R$ 46,00) e Brasília/DF (2,60% e preço de R$ 39,50).

Já as desvalorizações apareceram nas praças de Palma Sola/SC (1,12% e preço de R$ 44,00), Cascavel/PR (1,20% e preço de R$ 1,20% e preço de R$ 41,00), Porto Paranaguá/PR (2,13% e preço de R$ 46,00), Assis/SP (2,17% e preço de R$ 45,00), Castro/PR (2,17% e preço de R$ 45,00), Amambai/MS (2,44% e preço de R$ 40,00) e Sorriso/MT disponível (3,13% e preço de R$ 31,00).

Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira.

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, o mercado físico está de lado. “De maneira geral, há pouca força para movimentos mais bruscos das cotações nas praças paulistas neste momento. As referências em Campinas-SP giram ao redor de R$50,00 e R$51,00/saca, com frete incluso e prazo de 30 dias”.

A Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná divulgou, por meio do Departamento de Economia Rural (Deral), seu o relatório de plantio e das principais safras do estado.

O relatório semanal apontou que 100% das lavouras de milho verão no Paraná já foram colhidas até a última segunda-feira (25).

Já para a segunda safra, os trabalhos de colheita já começaram, com 2% de toda a área retirada dos campos. As lavouras restantes se dividem com 11% já em maturação, 56% em frutificação, 28% em floração e 5% ainda em descanso vegetativo.

Quanto à qualidade destas áreas, 41% estão boas, 43% estão em médias e 16% com condições ruins.

No último levantamento divulgado há uma semana, ainda eram 45% das áreas com boas condições no estado, uma queda de 4 pontos percentuais nos últimos sete dias.

B3

A Bolsa Brasileira (B3) operou todo o dia com movimentações negativas para os preços futuros do milho. As principais cotações caiam entre 0,91% e 1,73% por volta das 16h31 (horário de Brasília).

O vencimento julho/20 era cotado à R$ 44,79 com desvalorização de 1,73%, o setembro/20 valia R$ 43,50 com baixa de 0,91%, o novembro/20 era negociado por R$ 46,25 com perda de 1,39% e o março/21 tinha valor de R$ 47,00 com queda de 1,32%.

As cotações do milho no Brasil sentiam reflexo das movimentações negativas do câmbio. Por volta das 16h27 (horário de Brasília) a moeda americana caia 1,08% e era cotado à R$ 5,28.

Em nota, a consultoria Dellagro informa que o comprador de milho demanda o cereal apenas para se abastecer no curto prazo, enquanto os vendedores buscam negociações com milho novo entrando no cenário. "O mercado olha com cuidado a queda forte e acentuada do dólar e suas consequências nos mercados derivativos".

Mercado Externo

Já na Bolsa de Chicago (CBOT), a quarta-feira (27) termina com leves elevações para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registravam movimentações positivas entre 0,50 e 1,50 pontos.

O vencimento julho/20 era cotado à US$ 3,20 com alta de 1,50 pontos, o setembro/20 valia US$ 3,25 com valorização de 1,25 pontos, o dezembro/20 era negociado por US$ 3,34 com ganho de 0,50 pontos e o março/21 tinha valor de US$ 3,46 com estabilidade.

Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última terça-feira, de 0,31% para o julho/20 e de 0,31% para o setembro/20, além de estabilidade para o dezembro/20 e para o março/21.

Segundo informações da Agência Reuters, o milho subiu depois que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou que o plantio era mais lento do que o esperado em uma atualização semanal do progresso da colheita, mas os ganhos foram limitados pelas preocupações contínuas sobre a demanda fraca e a ampla oferta de grãos.

“O progresso do plantio está mais atrasado do que o pensamento comercial e o clima daqui para frente é um pouco preocupante”, disse Ted Seifried, estrategista-chefe de mercado agrícola do Zaner Group em Chicago.

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Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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