Colheita do milho segue bastante atrasada no MS e preços recuam no estado

Publicado em 29/07/2020 15:15

A Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul) divulgou seu Boletim Semanal da Casa Rural apontando que 8,4% da segunda safra de milho já foi colhida no estado, no mesmo período do ano passado, a colheita estava em 54,9%, e a média dos últimos 5 anos é de 39,9%.

“A região norte está com a colheita mais avançada, com média de 15,0%, enquanto a região centro está com 11,9% e a região sul com 6,2% de média”, detalha o relatório.

O boletim relata ainda que comercialização da safra avançou para 49,20%, após fechar a última semana em 48,30%, índice é oito pontos percentuais maior do que o registrado no mesmo período de 2019. Já o preço da saca do milho desvalorizou 0,65% entre 20 a 27 de julho de 2020, encerrando o período negociado a R$ 38,19.

“As cotações do milho no mercado interno seguem evoluindo no Brasil pressionadas pela bolsa de Chicago e pela ainda escassa entrada de novos volumes no mercado interno. O preço médio do mês de julho no comparativo com julho do ano passado, houve avanço nominal de 41,45%, quando o cereal havia sido cotado, em média, a R$ 27,18/SC”, destaca a publicação.

Outros dados revisados pela Famasul foram o total de hectares cultivados que ficaram em 1,895 milhão contra a previsão inicial de 1,900 milhão (redução de 12,79% com relação a safra passada de 2,173 milhões de hectares), a produtividade média esperada que foi para 76 sacas por hectare e a produção total estimada em 8,650 milhões de toneladas.

“Apenas 71% das áreas foram implantadas até 13 de março, que é a melhor janela de plantio, e 29% dos plantios ficaram fora da janela ideal de semeadura. Com isso, estimou-se inicialmente uma produtividade de 72 sc/ha. Porém, após constantes vistorias de campo pelos técnicos do Projeto Siga-MS, verificou-se que os fenômenos climáticos desta safra não reduziram a produtividade, diante disso, corrigiu-se a estimativa de produtividade para 76 sc/ha”, afirma a Farsul.

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Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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