Chuva e umidade dificultam colheita do milho na Argentina, indica Bolsa de Buenos Aires

Publicado em 07/07/2022 15:48

A Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) divulgou seu informe semanal trazendo novas perspectivas para a safra de milho argentina 2021/22. Os dados levantados pelos técnicos da BCBA apontam que 53% das lavouras do país já foram colhidas e mantêm a projeção de produção em 49 milhões de toneladas, depois de reduzir das 51 estimadas inicialmente.       

“Durante a primeira semana de julho, a colheita das lavouras de milho destinadas ao grão comercial começou a ganhar ritmo em grande parte da área agrícola nacional. A falta de chuvas permite que os níveis de umidade diminuam nos grãos dos lotes de ocupação tardia e de segunda ocupação”, diz o relatório.      

Apesar deste avanço de 5,5 pontos percentuais na semana, os trabalhos seguem 3 pontos percentuais atrasados com relação ao mesmo período da safra passada. “A safra de grãos de verão acelerou seu ritmo de progresso, com cerca de 3.800.000 hectares colhidos em todo o país. Apesar dessa melhora no andamento da colheita, ainda há um atraso em relação ao ano anterior. Nossa previsão agroclimática prevê chuvas no centro da área agrícola durante os próximos sete dias que podem atrasar o andamento dos trabalhos de colheita”. 

A publicação ainda desta que, os melhores rendimentos estão localizados na província de Córdoba. “Para o norte do país, a colheita avança a bom ritmo em parcelas com níveis de humidade próximos do ótimo. No centro da zona agrícola, os rendimentos registados mantêm-se próximos da média das últimas campanhas. Na província de Buenos Aires, o nível de umidade dos grãos está acima dos níveis adequados para o avanço das colhedoras”.   

Olhando para as condições de cultivo, o relatório aponta que 15% das lavouras estão com avaliações boas ou excelentes, 58% como médias e 27% ruins. De acordo com as condições hídricas, 51% das lavouras são consideradas ótimas ou adequadas e 49% como regulares ou secas. 

No relatório da semana anterior, esses índices eram de 16% das lavouras boas ou excelentes, 58% médias e 26% ruins. Além de 55% das lavouras consideradas ótimas ou adequadas em relação às condições hídricas e 45% como regulares ou secas. 

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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