Conab eleva projeções para safra brasileira e milho fecha 5ªfeira com perdas na B3

Publicado em 12/06/2025 15:49 e atualizado em 12/06/2025 16:48
Chicago contabiliza leves ganhos após USDA

A quinta-feira (12) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). 

O principal fator negativo no mercado de hoje foi a divulgação das novas estimativas para a safra brasileira pela Conab, que elevou as projeções para o milho. 

Os números para a segunda safra de milho do Brasil foram elevados dos antigos 99,8 milhões de toneladas para 101 milhões, após aumento indicado para área plantada e produtividade da safrinha.  

Agora, a safra total de milho do país está estimada em 128,25 milhões de toneladas, acima das 126,88 milhões apontadas na previsão de maio da Conab. 

A análise da Agrinvest aponta que o aquecimento na oferta já está pressionando os preços no mercado interno, especialmente na região Centro-Oeste, mesmo que os novos números da Conab ainda estejam abaixo das estimativas que circulam no mercado entre 105 e 115 milhões de toneladas. 

Os analistas da SAFRAS & Mercado destacam que o momento é de andamento da colheita e queda nos preços, o que deixa uma postura retraída dos consumidores nas negociações do mercado. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira

O vencimento julho/25 foi cotado a R$ 63,10 com queda de 0,99%, o setembro/25 valeu R$ 63,83 com desvalorização de 1,25%, o novembro/25 era negociado por R$ 67,70 com baixa de 0,19% e o janeiro/26 teve valor de R$ 71,58 com perda de 0,45%.

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve perdas e ganhos neste penúltimo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorizações em Castro/PR e Sorriso/MT, enquanto percebeu valorizações nas praças de Itapetininga/SP, Campinas/SP e Porto de Santos/SP. 

Mercado Externo 

Já na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços internacionais do milho finalizaram o pregão desta quinta-feira com movimentações levemente positivas. 

A força chegou ao mercado após a divulgação do novo relatório de oferte e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que reduziu suas estimativas para os estoques de milho dos EUA ao final dos anos de comercialização de 2024/25 e 2025/26, além de aumentar sua previsão para as exportações de milho norte-americano em 2024/25.  

Os analistas da Agrinvest classificaram os números de hoje como “ligeiramente abaixo do esperado”. 

De acordo com o site internacional Farm Futures, as condições favoráveis de cultivo e a perspectiva de fortes colheitas nos EUA atuaram na força contrária para evitar altas maiores neste pregão. 

O vencimento julho/25 foi cotado à US$ 4,38 com valorização de 1,50 ponto, o setembro/25 valeu US$ 4,26 com elevação de 1 ponto, o dezembro/25 foi negociado por US$ 4,40 com elevação de 0,75 ponto e o março/26 teve valor de US$ 4,55 com ganho de 0,5 ponto. 

Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última quarta-feira (11), de 0,34% para o julho/25, de 0,24% para o setembro/25, de 0,17% para o dezembro/25 e de 0,11% para o março/26.  

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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