Safras & Mercado eleva projeção de colheita de milho do Brasil em 2025/26
SÃO PAULO (Reuters) - A produção de milho do Brasil em 2025/26 tem potencial para atingir 143,56 milhões de toneladas na temporada 2025/26, o que seria um aumento de 0,7% ante a projeção do levantamento anterior, com uma reavaliação para cima na primeira safra e bons indicativos para a segunda, apontou nesta segunda-feira a consultoria Safras & Mercado.
O volume também superaria as 140,054 milhões de toneladas obtidas na safra 2024/25, segundo números da consultoria.
A área total de milho deverá ocupar 21,7 milhões de hectares em 2025/26, ficando acima dos 21,58 milhões de hectares indicados em setembro, com um aumento de 1,9% frente a 2024/25.
Considerando uma situação normal de clima, o rendimento médio das lavouras para a temporada 2025/26 deverá ficar em 6.618 quilos por hectare, acima dos 6.532 quilos registrados na safra 2024/25.
A produção de milho da safra de verão 2025/26 deverá atingir 25,76 milhões de toneladas no centro-sul do Brasil, um pouco acima da projeção anterior e da safra passada (24,7 milhões de toneladas), com a confirmação de aumento na área a ser cultivada nos Estados da Região Sul, disse o analista e consultor de Safras & Mercado, Paulo Molinari.
Ele comentou, em nota, que o clima para o desenvolvimento das lavouras de milho de verão está sendo positivo, sem comprometer a janela de plantio para a segunda safra.
A área da segunda safra foi estimada em 15,5 milhões de hectares, acima dos 15,4 milhões de hectares registrados em 2025, enquanto a produtividade também deverá aumentar, segundo a consultoria.
"Com isso, o potencial de produção para a safrinha 2026 é estimado em 101,983 milhões de toneladas, volume recorde e que supera as 100,807 milhões de toneladas colhidas neste ano", disse Molinari, ressaltando que a projeção também supera o total estimado em setembro (101,230 milhões de toneladas).
A segunda safra, que representa a maior parte do milho produzido no Brasil, só será plantada após a colheita de soja.
(Por Roberto Samora e Isabel Teles)