Futuros do milho recuam em Chicago nesta sexta-feira, mas ainda acumulam ganhos semanais

Publicado em 19/12/2025 16:57
B3 fecha pregão em campo misto com comercialização lenta no Brasil

A sexta-feira (19) chega ao final com os preços internacionais do milho futuro contabilizando leves recuos na Bolsa de Chicago (CBOT), mas ainda acumulando ganhos semanais. 

Segundo a análise da Agrinvest, o milho operou próximo da estabilidade após liderar os ganhos no pregão anterior sustentados por rumores de compras de milho americano pela China via PNW para embarques entre março e abril. 

“O programa de exportação dos Estados Unidos continua forte com vendas semanais acima de 1,7 milhão de toneladas na última semana de novembro. No acumulado da safra, os EUA já têm mais de 44 milhões de toneladas comprometidas, bem acima do mesmo período do ano passado e superando em quase 10 milhões o recorde registrado na temporada 2021/22”, destacam os analistas da consultoria. 

O vencimento março/26 foi cotado a US$ 4,43 com queda de 0,75 ponto, o maio/26 valeu US$ 4,51 com desvalorização de 0,75 ponto, o julho/26 foi negociado por US$ 4,57 com baixa de 0,50 ponto e o setembro/26 teve valor de US$ 4,51 com perda de 0,25 ponto. 

Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última quinta-feira (18), de 0,17% para o março/26, de 0,17% para o maio/26, de 0,11% para o julho/26 e de 0,06% para o setembro/26. 

No acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano registraram valorizações de 0,68% para o março/26, de 0,56% para o maio/26, de 0,45% para o julho/26 e de 0,45% para o setembro/26. 

Mercado Interno 

Os preços futuros do milho tiveram movimentações no campo misto da Bolsa Brasileira (B3) e acumularam flutuações mistas também ao longo desta semana. 

Os analistas da Agrinvest destacam que o milho da B3 teve movimentações mistas nesta sexta-feira com os vencimentos mais curtos em leves quedas, enquanto os contratos da safra nova tiveram ganhos moderados. 

“No curto prazo, a expectativa de que a produção do milho verão consiga manter um bom estoque de passagem até a colheita da safrinha, somado a estoques mais elevados de milho no Sul, acabam trazendo ligeira pressão”, aponta a consultoria. 

“Já os vencimentos a partir de maio ganham suporte de projeções de queda na área e produtividade do milho safrinha, embora esse cenário só se consolide após a colheita da soja, quando de fato poderemos acompanhar quais estados correm risco de um plantio de milho segunda safra fora da janela ideal”, acrescentam os analistas da Agrinvest. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira 

No mercado físico brasileiro o preço da saca de milho se movimentou pouco neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização em Campo Novo do Parecis/MT e Sorriso/MT. 

O vencimento janeiro/26 foi cotado a R$ 70,95 com queda de 0,31%, o março/26 valeu R$ 75,57 com perda de 0,01%, o maio/26 foi negociado por R$ 74,89 com alta de 0,08% e o julho/26 teve valor de R$ 70,80 com ganho de 0,45%. 

No acumulado semanal, os contratos do cereal brasileiro registraram elevação de 0,76% para o março/26, de 0,85% para o maio/26 e de 0,16% para o julho/26, além de baixa de 1,46% para o janeiro/26, com relação ao fechamento da última sexta-feira (12).

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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